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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANTONIO ROMANE

 

 

Jornalista e poeta paranaense,  nascido em 1947, Antonio Romane, que vive há décadas em São Paulo, publicou  Alenterra, 1977; Certas pessoas e outra gente, 1980; Espelho absoluto, 1992, e Hierofanias, 1994. Poesia para crianças: Coleção de slides, 1987, e Noite transfigurada, 2004. Álbum colagem: Um começo para Catrina & Aristeu, 2002. Lançou em 2019 "Extranhas", adagiário.

 

Participou ainda de várias antologias e traduziu, entre outros, Jacques Derrida. Foi editor de O Escritor, jornal da União Brasileira de Escritores, das revistas Pau Brasil Bio, pioneiras nas questões ambientais, e do jornal partidário Voz da Unidade. Atualmente faz o podcast "Poesia todo dia" em que mapeia em voz alta a poesia brasileira (https://poesiatododia.podbean.com/)

 

 

 

 

LÁ FORA

 

lá fora a burocracia

/ouço Nazareth o Ernesto /

lá fora a burocracia

/ escrevo /

lá fora a chuva

/

castigo um gole de cachaça /

lá fora a chuva

e a burocracia

repetindo-se como estas barras

/ escrevo / / / oblíquas /

lá fora a burocracia]que não morre com chuva tão pia./././

depois, Altamiro na flauta

vai me dizendo que muito melhor é a vida e outros amos

que do desamor a ferida

./././

e Altamiro encerra dem dó,

confirmando que após a música vem a razão

a amamentar as ilusões./././

 

 

 

MAIO

 

Há seca no Sul e no mar:

descalços os homens e os peixes nus

diante da fábula.

Há seca no mínimo território

da sombra das aves e das casas,

dos frutos natimortos

e do coração dos

 

 

 

AMORES

 

Grandiosos pequenos amores

sob a guarda do bondoso olhar

do segredo.

Iridescentes amores,

a multidão passa ao largo.

 

 

 

MÍNIMA GRAMÁTICA

 

i

Salsaparrilha e salseiro,

substantivos ocultos

sob o disfarce de uma falsa raiz.

tão claros quando tocados pelo sal da terra.

 

ii

Faz tempo que não visito

meus pretéritos imperfeitos,

pretéritos tão bem

– tudo porque não se perdoa

para continuar.

Comigo estão,

entrementes,

meus pretéritos imperfeitos

e não mos levarão quaisquer ladrões

– que ladrões os há

físicos 

e subjetivos.

 

iii

Inevitáveis, terríveis adjetivos

– às vezes, vãos,

às vezes vêm –

imponderáveis, pois,

que medi-los é melhor ocultá-los.

 

Mas um concreto mas

insiste

e só me dou por vencido

quando para o descrever

e coloco um ponto final,

ponto final ponto.

 

 

 

4 EXTRANHAS

 

O número 3 é azul. Ou qualquer outra cor que você queira.

*

A falta de vestígio da fabricação de um automóvel não significa que o automóvel criou-se a si mesmo.

*

Aprendo para mlhor apreender.

*

“Ir num pé e voltar noutro”, diz o saci campeão paraolímpico.

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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