Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

Arte de Inês Sarmet

sobre foto da orelha de
  A SAGA DOS CRISTÃOS-NOVOS NA PARAÍBA

 

 

ZILMA  FERREIRA  PINTO

 

ZILMA FERREIRA PINTO nasceu em Tacima-PB. Muito jovem, ingressou por concursono magistério, missão que exerceu não só na sua cidade natal como em Alagoa Grande, Pocinhos, Cabedelo e João Pessoa, cidade onde  atualmente reside. Ainda criança compôs seus primeiros versos. Iniciou-se nas letras paraibanas com o “Cancioneiro Experencial, em 1987. Sua obra tem sido reconhecida, tendo obtido alguns prêmios entres os quais o “Prêmio novos autores paraibanos”. Seja na categoria poesia, como na conto infanto-juvenil (A história da pedra maliciosa, 1977 ) como na  cordel (O romance de Ferdinando e Maria,  UFPB,1998), ou em concursos de trovas e poesias,  vem recebendo também vários prêmios.  Com o livro Isabel, nossa princesa, também recebeu o Prêmio Nacional de Poesia -1999 da Academia Friburguense de Letras. Transitando entre a arte literária e os  estudos de história e genealogia, publicou também, entre outros, Nas pegadas de São Tomé, um estudo dos símbolos da pedra do Ingá: características judaicas, cristãs e islâmicas das inscrições (Senado Federal, 1994), Os Ferreira de Tacima: paraibanos da fronteira (RIGRAFIC Editora Ltda, ,2000) e A saga dos cristãos-novos na Paraíba ( Idéia Editora, 2006). Licenciada em História pela UFPB, integra os quadros da Academia Paraibana de Poesia (cadeira n° 15),  da União Brasileira de Trovadores - seção Paraíba, da Associação Paraibana de Imprensa  e do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (IPGH).

 

" A autora  entra em cena com o texto “Meus amigos" para, num apelo fraterno à força universal, dizer do pólo psicodinâmico de que se nutre a sua poesia... O que é a Poesia, não sei - frase com que ela chega à sua identificação  poética. Ela não saberá o que é a poesia ... mas sabe construí-la, melhor auto-construir­-se poeta sob a formade textos como as décimas, oitavas, sextilhas, quintilhas ou quadras, liricamente brincadas nos mais variados ritmos ou metros... A nótula, porém, mais significativa recai no poder congeminativo com que Zilmase evade ou se aerifica nas asas da alucinação emocional... Ora,é uma alucinação cósmica... Ora, uma alucinação estilo medi­eval... Eis as razões de saudarmos em Zilma Ferreira Pinto o seu poder excepcional de congeminar, exigência inevitável paratrilhar os areais matinais da criatividade poética".

ANTÔNIO SOARES, professor e crítico literário, sobre CANCIONEIRO EXPERENCIAL

 

“ A saga dos cristãos-novos na Paraíba”  teve seu embrião num trabalho apresentado pela professora Zilma no Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica. O livro resultou de uma longa e paciente pesquisa, e bem cuidada elaboração. Apresenta-se como um valioso contributo à  historiografia paraibana.”

ADAUTO RAMOS, presidente do IPGH

 

“ Costurar estes fragmentos, dar-lhes uma inteligibilidade, não deve ter sido fácil. Mas a autora o fez, tecendo a teia de uma presença humana sempre cercada de muitos mistérios e curiosidade: a dos cristãos-novos, desde as perseguições por eles sofridas em Portugal, aos primórdios e ao longo da colonização portuguesa no Brasil, especificando e caracterizando os judeus em sua complexa-dúplice relação com o cristianismo, suas práticas e tradições, muitas das quais ainda persistem no interior nordestino”.

ROSA MARIA GODOY SILVEIRA, no prefácio de A SAGA DOS CRISTÃOS-NOVOS NA PARAÍBA

 

Minha Cantiga  

No castelo do Destino

Dividi-me por igual.

Ficaram duas meninas

No meio de um roseiral.

 

Uma bordando a ouro,

Outra o mais fino metal.

 

Uma transpôs a soleira

Que era a porta pra o mar.

Tomou o barco da vida,

Partiu sem querer sonhar.

 

A outra subiu à torre

Que ia dar nas estrelas

No barco da meia-lua

Foi para a mais longe delas...

 

Um dia encontro as meninas

Bem longe do roseiral

Nelas havia a tristeza

Dividida por igual.

 

Nenhuma bordava a ouro,

Nem o mais fino metal.

 

Fui escolher! Não sabia

Com qual das duas ficar!?

Castelos já não havia

E a torre para sonhar.

 

.Sem manto bordado a ouro;

Sem palmatória de rei!

Ai! Minhas pobres meninas

Qual de vós escolherei?!

 

Do CANCIONEIRO EXPERIENCIAL (1987)

 

 

Rondó 

Vem, meu belo navegante!

Vem ancorar no meu porto.

Faz renascer exultante

Um coração que está morto.

 

Faz-me outra vez radiante

Este olhar hoje absorto

À espera de um barco errante

De onde me vem o conforto.

 

Dos oceanos que viste

Traz-me a cantiga que existe

No arrojo de cada onda.

 

Traz as canções que ouviste

 E faz o meu riso triste

O sorriso de Gioconda.

 

 

 

Mulher 

Perguntas-me quem sou? Sou a beleza.

Sou a forma ideal da natureza.

Da razão sou a luz.

Sou o porto onde o náufrago descansa.

Sou Pandora guardando a esperança.

Sou a Virgem chorando ao pé da cruz.

 

Sou a Ciência - o livro que ensina

Sou a lâmpada que os lares ilumina

E a flor dos gineceus.

Mas, acima do que sou enaltecida,

Sou o seio nutriz gerando a vida

E a mais pura criação das mãos de Deus.

 

Sou acalanto, a mão que embala o berço.

Sou a mais lírica expressão de um verso...

Sou Aspásia e Éster...

Sou mistério nas coisas mais secretas...

 Sou a musa de todos os poetas!

Sou deusa. Sou encanto. Sou Mulher!

 

  

A canção de uma dama que espera 

Eu vou assentar-me à porta

Ver meu cavaleiro chegar.

 

O seu cavalo é mais branco do que as nuvens mais brancas,

Seu capacete do oiro mais precioso da terra.

Ele está vestido de azul!...

A sua espada reluz como chorões de prata

Ela conduz à Ordem e edifica o Progresso

O meu cavaleiro tem o olhar da águia

E galopa como vento.

 

Eu vou assentar-me à porta

Ver meu cavaleiro chegar.

 

Seu brado tem a ressonância de muitos gritos de guerra

O meu cavaleiro é como o leão quando parte pra luta;

Tem o saber das corujas

E o coração do poeta.

Conduz o Auriverde na ponta de sua lança!...

 

Ai! quando o meu cavaleiro chegar!...

Ele me guardará os meus afamados tesouros;

Achará o pão dos meus filhos

E bem estar para todos.

Dobrará a injustiça.

 

Eu vou assentar-me à porta

Ver meu cavaleiro chegar...

 

Do CANCIONEIRO EXPERIENCIAL (1987). 

 

Foto de Inês Sarmet:

escritores Donaldo Mello e Zilma Ferreira Pinto na Academia Paraibana de Poesia, abril 2006



Voltar para o topo da página Voltar para Paraíba

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar