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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RAY LIMA

 

Ray Lima nasceu em Campo Verde, município de Mataraca-PB. Sente-se renascido a cada lugar em que chega. Como diria Fernando Pessoa, "sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo."

Com vários livros publicados, cursou letras na Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ, teatro na Escola Martins Penna e especializou-se em gestão de sistemas e serviços de saúde pela Universidade de Campinas-UNICAMP.

Atuando desde muito tempo no campo da cultura e da educação popular a partir do Movimento Escambo Popular Livre de Rua, da Escola Zumbi e do Programa Zumbi de Desenvolvimento das Aprendizagens, da ANEPS, Cirandas da Vida, Espaço Ekobé, Caravana de Educação Popular em saúde. Corpo Meu Minha Morada, Universidade Popular de Arte e Ciência-UPAC, EDPOPSUS, Universo de Aprendizagens Vila de Poetas Mundo, entre outros.

Criador da Cenopoesia, hoje se reconhece como cenopoeta, vive e atua a partir da Cenopoesia e do Movimento Escambo Popular Livre de Rua.

 

LIMA, Ray. Escada espelho ou exi tência retrataria. Icapuí,Ceará: Edições Icapui Cenopoética, 2018. 105 p. (Coleção Icapuí Cenopoética X.


 

 10,5x14,5 cm  Edição de artista, artesanal. Papel colorido, encadernação costurada, livro numa caixa de madeira sintética         15 x 19 x 5 cm, incluindo um cd  “A Barca do amor invisível - Cantigas de Ray Lima”. Ex. bibl. Antonio Miranda

Apresentação

Estamos subindo a "ESCADA" do Ray Lima, verso por verso, diverso por diversos, perturbados, trémulos, embalados pelo jogo de palavras -com rimas - sem rimas -que nos puxa pra cima, para o topo de uma CENOPOESIA que delira, critica, anuncia.

Todo visível é torpe.

Toda imagem é possível!

Nada no topo é irreal quando o humano sem plano sobe degrau por degrau da ESCADA delirante!

 

13

Escada de imaginações repleta

de virtuais vitrais. Escalada de degraus sem fim,

sem escalas, a reluzir leituras, olhares por destinos nunca havidos, caminhos do meu existir do começo

a não ter fim.

 

*

19

Desastradamente impaciente,
meu ser temeroso renasce
imprevisível por afetar-se de tal
coisa. Me coiso.

Um ser coisado é um negócio...

Tento decretar meu próprio fim
antes de me continuar

ascendendo em outro.

 

*

33

Pessoas se matam com as armas
em que se transformaram

Os que se nascem da descrença em si
até se criam, mas não aprendem
a recriar-se

A morte simbólica é a pior das mortes

 

*

 

Ao fim de suas opiniões,
quando tudo, aí sim,
quando tudo parecia real  
ele assaltou minha crença
com outras mentiras
imagéticas.

 

 

Página publicada em novembro de 2018


 

 

 
 
 
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