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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARCUS ALVES

MARCUS ALVES

Antônio Marcus Alves de Souza é doutor em Sociologia e Mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília. Sua dissertação de mestrado foi sobre o “Rock Brasil e Arte de Massa” (Ed. Diadorim/RJ)  com ênfase nas músicas das bandas Legião Urbana, Titãs e Paralamas do Sucesso. A tese de doutorado converteu-se na obra “Cultura no Mercosul”, publicada pela editora Plano/Fundação Astrojildo Pereira, em Brasília. Atualmente, vivendo em João Pessoa, apresenta um programa na televisão universitárias sobre idéias e cultura.

 

De
O ETERNO E O PROVISÓRIO
João Pessoa: Editora Universitária da UFPb, 2007

 

O corpo não sustenta a poesia
o Techno não suporta a canção
a bossa não aguenta o sertão

a poesia não precisa do plural


***

Perdi o sono
o controle
o vinho
e teu corpo no meio da noite

***

Osso a osso

         para Chico Alvim

A cidade é um osso
percorro, de osso a osso, suas mãos
seus braços
em relâmpago abraço
desfaço-me como pó de osso

a cidade é um osso,
como disse o Alvim, é um aço
elefante azul
botequim blues
cosmético
arquitextura
musas verdes
e eu aqui desbotado frente a máquina fria
(amiga de uma ausência de alma)
roendo de osso a osso
o poema dos meus dias

No fino traço do desenhista
encontrei a volúpia.
na silhueta do teu riso
vi o movimento do Deus
perturbado pela ausência
do amor.

***

Li tudo que era surrealista

e não me assustei.

mas um rinoceronte azul passou

diante do meu olhar e,

temeroso, corri para os braços agrários da

minha mãe.

 

***

Como eu queria um tempo de justiça e paz

Como queria um tempo de ar e solidão

Herdei um tempo de fezes e girassóis mortos.

 

Vou resistir.

 

***


Perdi-me em algum lugar da noite.
Em algum labirinto da alma
Esqueci meu nome, minha vila,
meu Deus. Fui pop, punk, hip hop e hoje,
procuro algum poema no silêncio do cerrado.

Vejo uma árvore amarela.
É um começo.

 

***

 

 

Eros

 

não tive pecado na veia

uma cobra passou e esqueceu meu tornozelo
estive fora da vida em chamas

agora fiz um parafuso sem fim

entrei

o olho ainda fechado

não vi o velho morto de barba branca

também a zelosa mulher que vela

a luz de novembro

alpargatas sob a cama

Eros dança entre lençóis

a tela neon avisa:

somos milhões de pequenos sapatos

e um poema final conversado com Deus

antes do desespero sobre o beijo traído.

com zelosa mulher do inferno Eros dança entre

lençóis

 

 

Sinto falta do poema
Nesses tempos de inteligências artificiais
Outro dia minha máquina de lavar gritou
comigo.
Como estava emocionado demais,

Chorei
E fui dormir.



Página publicada em outubro de 2009

 

 

 

 

 

 

 
 
 
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