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JUCA PONTES
Juca Pontes é poeta, editor e jornalista. Nasceu em Campina Grande, em 1958, e mora em João Pessoa há mais de 30 anos. Atualmente edita uma série de livros em quadrinhos sobre a vida de renomados autores paraibanos. O primeiro sendo Augusto dos Anjos e o segundo, ainda em produção, Ariano Suassuna.
Em “Ciclo Vegetal”, o escritor constrói uma espécie de viagem memorialista perpassando por lugares que conheceu e viveu na Paraíba usando o rio e o mar como fios condutores. “O caminho do rio sempre esteve presente na minha imagem de criança, ver o rio e observar o mar”.
PONTES, Juca. Ciclo vegetal. Poemas 1997/2012. João Pessoa, PB: Forma Editorial, 2013. 339 p. 14x21 cm. ISBN 978-85-65387-30-9 Livro protegido por uma capa de papelão. Capa e projeto gráfico Milton Nóbrega. Apresentação de Hildeberto Barbosa Filho. “Juca Pontes “ Ex. bibl. Antonio Miranda
“Poesia lírica, fundamentalmente lírica, porém vazada na expressão contida, em versos curtos, quase nominais, onde substantivo e verbo se impõem na captura do que essencial à prefiguração do poético.”
HILDEBERTO BARBOSA FILHO
MATINAL
1
A luz
da manhã
é um rio
de saudade
que
invade
meu
silêncio.
2
De sol
a sol
Arde
o amanhã:
de sol
a sol
em suaves
manhãs.
3
A cada
manhã
Corre o rio
com leveza:
frágeis
pétalas
reflorescem
a natureza.
4
Manhãs
quase jardim
perfumam
o dia:
silêncios
do azul
semeiam
harmonia.
5
Manhãs
bordadas
em copas
de carvalho:
desperta
nascente
uma ternura
de orvalho.
6
As manhãs
são riachos
guardados
na lembrança:
comigo
carrego
desde
criança.
7
As manhãs
descortinam
luminosas
nascentes:
floram
pendões
em lugar
dos poentes.
8
As manhãs
do rio
se desdobram
em claridade:
atravessa
nascentes
alvorecer
de saudade.
Mãos de barro
Traço
e leveza
em mãos
puras:
tece
artesão
lúdicas
figuras.
A Severino, filho do mestre Vitalino.
IMAGENS LITERÁRIAS: a realidade e o sonho. Antologia 2020 – UBE – PB: autores paraibanos e convidados. Poesia – Contos – Crônicas – Artigos. Organizadores: Ana Isabel de Souza Leão – José Edmilson Rodrigues – Luiz Augusto Paiva. Itabuna, Bahia: Mondrongo, 2020. 224 p. 13,5 x 23 cm.
ISBN 978-65- 86124-22-4 Obra publicada sob a chancela da União Brasileira de Escritores – UBE, Subseção da Paraíba. Ex, bibl. de
Antonio Miranda.
������� MANHÃ
Flamam
tâmaras:
amoras
afloram.
ALVORECER
Florescem
azuis
em largos
de luz
PLURAL
Somos
folhas
ao vento
colhendo
horizontes
no tempo
MATINAL
A luz
da manhã
� um rio
de saudade
que
������ invade
meu
silêncio.
SANHAUÁ
O Porto de Capim
� uma saudade do rio
dentro de mim.
CANÇÃO
Acordes
do vento
acordam
o tempo.
*
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html
�P�gina ampliada em fevereiro de 2021
Página publicada em fevereiro de 2016
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