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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JANSEN FILHO

 

Naturalidade: Monteiro – PB.

Nascimento: 01/03/1925   Falecimento: 18/07/1994

Atividades artístico-culturais: Poeta e Escritor.

Tipo de produção cultural ou trabalho manual: Literatura.

Formação artístico-educacional: Ciências Jurídicas e Sociais (Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas de São Paulo).

Filho de Miguel Jansen e Maria Virgem de Paiva, o escritor Jansen Filho foi uma das figuras de destaque da cultura paraibana moderna, seus trabalhos e obras integram o acervo cultural regional de forma expressiva. Iniciou os estudos na cidade de Monteiro no grupo escolar Miguel Santa Cruz e concluiu o secundário na cidade de Taubaté em São Paulo.

Ainda criança começou a compor seus versos e teve como influência a companhia de repentistas e violeiros que frequentavam as feiras livres no interior do sertão. Após deixar o sertão, estabeleceu residência na cidade do Rio de Janeiro, destacando-se por sua natável talento, foi convidado a declamar e mostrar sua obra nas mais celebres residências na cidade maravilhosa à época, tendo seu trabalho reconhecido e aplaudido por grandes nomes da literatura nacional.

Jansen Filho exerceu um papel considerado eclético dentro de sua área, foi adido ao Gabinete do Superintendente Regional do IAPAS para o estado de São Paulo e também foi produtor na Rádio Inconfidência de Belo Horizonte em Minas Gerais.

Recebeu vários títulos honrosos, entre eles o título de Cidadão Honorário da Cidade de São José dos Campos; Membro Benemérito da Academia de Letras da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, de São Paulo; Troféu da Academia Paraibana de Poesia, de João Pessoa; homenageado com a criação do Grêmio Literário Jansen Filho, do Lyceu Paraibano, entre outros.

Algumas de suas obras de grande reconhecimento são: Auroras e crepúsculos, 1948; A coruja do meu bairro, 1949; Céus da minha aldeia; Canções de Marizete, 1951, Negros que os meus olhos não viram, 1953; Procissão de sombras, 1956; Poesias escolhidas, 1957; Folhas que o tempo levou, 1959, dentre outras obras do escritor.

Morreu em 1994 na cidade de São Paulo deixando um legado cultural significativo, com obras de grande valor e memoráveis contribuições literárias, reconhecidas em âmbito nacional.

Biografia e foto copiadas de: www.paraibacriativa.com.br

Fontes: www.aplpb.com.br

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.    155 p.   16.5 x24 cm    Ex .bibl.  Antonio Miranda

 

 

MEU NORDESTE É ASSIM

 

Meu Nordeste é assim —: molhado ou resequido,
E' sempre o mesmo artista, o sonhador de escol!
Ninguém ouve sequer a voz do seu gemido
Entre a ausência da chuva e a presença do sol!
O Nordeste viril das canções e das festas,
O Nordeste que trava enormes desafios!...
Que se embala a cantar nas asas das florestas
E se banha a sorrir na alma branca dos rios!...
O Nordeste que causa inveja às outras terras
Que esconde no seu ser as emoções mais gratas...
Que dorme no colchão vastíssimo das serras
Sob a Paz do lençol verde-escuro das matas...
O Nordeste que monta o potro arisco e bravo,
E investe contra a treva, a bruma, a tempestade!
E que parte o grilhão da corrente do escravo
Ao clarão tutelar do sol da liberdade!
Nordeste que na fronde audaz dos arvoredos
Faz troça e patuscada entre farras tamanhas!..
Nordeste que cavalga o cornei dos rochedos
E se vai pendurar nas crinas das montanhas!
Nordeste que a rezar de mãos postas numa aresta
Adormece escutando o aboio dos vaqueiros...
Que cava a terra bruta e depois faz a sesta
Na sombra fraternal dos verdes joazeiros...
O Nordeste que sofre e que não diz porque
Que crisma as suas mãos na pureza do orvalho!
Que faz de sua enxada a carta de A. B. C.
E prepara as lições na escola do trabalho!
O Nordeste que enfrenta a madrugada escura
E na cama do ocaso alquebrado se deita...
Que escreve no tapiz da terra fresca e pura
O poema do plantio e a ode da colheita.
O Nordeste do amor, das mais vivas contendas,
Da saudade sem fim que definha e maltrata!
O Nordeste que possui mil segredos de lendas,
Que tem poentes de oiro e tem luares de prata...
O Nordeste que exalta e canta a natureza,
Que diz frases de amor, que fala de carinho,
Que dissipa a saudade, arrefece a tristeza,
Na plangência sutil das violas de pinho!
Este imenso Nordeste, este Nordeste intenso,
Arraigado, feliz, batalhador, viril,
É o imenso Nordeste, o Noreste que eu penso
Ser todo coração do corpo do BRASIL.

 

 

Página publicada em agosto de 2019

 

 

 
 
 
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