FRANCISCO XAVIER MONTEIRO DE FRANÇA
Francisco Xavier Monteiro dE França (15 de junho de 1773 — 16 de junho de 1851) foi um político brasileiro.
Foi presidente da província da Paraíba, de 7 de setembro de 1840 a 4 de maio de 1841.
Filho do capitão José Vicente Monteiro da Franca e de Francisca Xavier da Conceição Teixeira, nasceu na capital da Paraíba.
Advogado provisionado. Capitão-Mor. Deputado às Cortes Portuguesas, pela Paraíba, em 1821 (de 4 de fevereiro a 4 de novembro de 1822) e Deputado à Assembléia Geral pela Paraíba, na 1.ª Legislatura, de 8 de maio de 1826 a 3 de setembro de 1829. Deputado Provincial da Paraíba, na 2.ª Legislatura, de 1838 a 1839 – instalada a primeira sessão legislativa em 24 de junho de 1838. Presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, em 1838.
Sua filha Francisca Monteiro da Franca foi esposa do barão de Maraú, José Teixeira de Vasconcelos. Fonte: wikipedia
PINTO, Luiz. Coletânea de poetas paraibanos. Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953. 155 p. 16.5 x24 cm Ex .bibl. Antonio Miranda
Nesta antologia aparece como FRANCISCO XAVIER MONTEIRO DA FRANCA.
S O N E T O
Viu com espanto Babilônia altiva
Três ínclitos Hebreus adolescentes
Pisar tranquilos por carvões ardentes,
Respirar com sossego chama viva.
Viu a soberba que fornalha altiva
E' zéfiro nas almas inocentes,
Que réus só foram nas fatais correntes,
Forjadas contra a Mãe, Sião cativa.
E tú não vês, ó Íngreme cidade,
Que o fogo de um calor insuportável
Rouba vidas, à triste humanidade.
Ó Bahia, Bahia, inexorável,
Esses, que julgas réus d´atroz maldade
Só são réus de um destino inescrutável.
ODE SÁFICA
Esperando a sentença do tribunal da Alçada
Sonhei que ouvia, lúgubres amigos
Os roucos brados da fatal sentença,
Que a nós infaustos condenado havia
Réprobos tristes.
Eia, findarão esperanças vagas,
Longas demoras de temores cheias,
Agros momentos, conclusões e ânsias,
Dúvidas, sustos.
Tomemos ferro, nossa ingrata herança,
Algema aos pulsos, gargalheira ao colo,
Vamos aos climas, que indigita a adversa
Rígida sorte.
Vamos de dores semear as praias,
Lodosos rios distinguir com pranto,
Troar com nênias altos rochedos
D'Áírica adusta.
Ali faremos companhia aos ossos
Já de um Sepulveda, espantoso em males,
E outros, que exalam nas medonhas brenhas
Míseras vidas.
Materna plaga com cruel despejo
Vomita os filhos bronzeando o peito.
Surda a clamores, lágrimas, gemidos,
Súplicas, rogos.
Talvez na pátria dos leões achemos
Entre onças, tigres, leopardos, ursos,
No leito hircano, no bárbaro solo,
Plácido abrigo
O céu não falta, sua mão
benigna Sustem os entes, larga sobre a terra
Ao vil inseto, como ao ser soberano
Provido manto
Eis do letargo sonolento acordo,
Despertam vivos esperanças firmes
De um rei clemente, cândidos ministros
ínclito Conde.
Dali dimanam luminosos raios,
Perdão ,favores, copiosas graças,
E essa do empíreo primitiva filha
Misericórdia.
Página publicada em agosto de 2019
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