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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

EUDES BARROS

 

 

Nasceu na vila de Alagoa Nova, Paraíba,  a 10 de janeiro de 1905.

 

Fez os estudos primários e secundários na capital do Estado. Logo cedou tomou ingresso na vida intelectual, como poeta e prosador, integrando-se mais tarde nas lides jornalísticas da Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro. É atualmente redator da Agência Nacional, atuando sempre na imprensa carioca.

Com 15 anos escreveu o seu primeiro livro de poesias, intitulado FON-TES E PAUES, publicado em 1920, pela "Imprensa Oficial" da Paraíba. O poema Êxodo, que lançamos abaixo é extraído desse livro. Por ele sente-se a inspiração do autor no velho poeta português Guerra Junqueiro. Em 1928 lançou pela "Imprensa Oficial" do seu Estado o segundo livro- Cânticos da Terra Jovem. Deste lançamos dois poemas. Abraçando as lides de romancista, publicou em 1937, o romance histórico DEZESSETE, que foi lançado pelos Irmãos Pongetti, do Rio.

Damos abaixo algumas das suas produções poéticas, extraídas dos livros acima mencionados, incluídos na Coletânea:

 

 

 

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.    155 p.   16.5 x24 cm    Ex .bibl.  Antonio Miranda

 

 

JESUS BRASILEIRO

 

Jesus do meu País! foi a Maruja em festa
que te trouxe na cruz das velas de Cabral!
E na primeira missa-aqui-foi a floresta
tua primeira catedral!

Nos teus natais, aqui, não há neve lá fora...
Mas luares mornos! (e que festas! é de vê-las...)
É aqui que Jesus mora! E' aqui que Jesus mora!
crucificou-se aqui... mas numa cruz de estrelas!
No meu País não és um Cristo moribundo
mas um Jesus de glória e de Ressurreição!
Salve, ardente Jesus do Novo-Mundo,
que nos sorris do céu numa Constelação!
As tuas bênçãos descem da amplidão acesa
para florir e fecundar a terra virgem e feliz!
Ó Jesus-Lavrador! ó Jesus-Natureza!
Jesus do meu País!

 

 

 

ÊXODO

 

Passam nas ruas, pelos caminhos
Bandos mais bandos de pobrezinhos.

 

Da cruel seca vítimas são,

Mestros filhinhos do almo Sertão...

 

Deixam saudosos a sua terra

Que hoje tristeza  e dor encerra...

 

Tinham as faces cor de romã.
Eram risonhos como a manhã...

 

Ouviram sempre cantar nos ninhos
Os bardos d'asas-os passarinhos...

 

Hoje vagueiam tristes e exúes
Sob o zimbório dos céus azuis!

 

Quantas saudades, quantas lembranças
Se ocultam n´alma dessas crianças!

 

Jesus bondoso! Filho de Deus!
Tem piedade dos filhos teus!

 

O Sertão ontem era florido

Mas vê-se agora triste e dorido...

 

O Astro do dia queima com ardor
Aqueles campos cheios de dor!

 

Os pobresinhos são como as flores
Murchas, pendidas e sem olores...

 

Mui androjosos de par em par
Andam nas ruas, vão esmolar...

 

Como êles andam tão fatigados!
Como são pobres e desgraçados!

 

Da cruel seca vítimas são
Mestos filhinhos do almo Sertão! (1919).

 

 

 

 

Página publicada em agosto de 2019


 

 


 

 

 
 
 
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