Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

EDUARDO MARTINS


Nasceu em João Pessoa, Paraiba.  Fez estudos primários e secundários na capital, começando logo a sua faina poética, abraçou a corrente modernista, tendo lançado seus primeiros versos num livro de ensaios que a crítica recebeu elogiosamente.

Em 1947 lançou seu segundo livro — “Poemas”, de onde foram extraídos os textos a seguir:

 

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.    155 p.   16.5 x24 cm    Ex .bibl.  Antonio Miranda

         DESTINO DO HOMEM

         Primeiro veio a infância,
Uns olhos adolescentes
E um desejo imenso de amar.

         Após essa manhã de amor
Vieram outras manhãs,
Manhãs mais lúcidas
Com flores e frutos ao sol...

         Em seguida as suas mãos rudes
Para sempre repousaram
No adormecido peito.

         Hoje cartões tarjados apenas
De velhas coroas balançam
Ao sopro do vento!

 

 

         JESUS

         Eu te exalto ó Homem Divino
Não porque me ensinaste a tolerar e a perdoar
Não porque me ensinaste a sentir a emoção eterna da beleza.
Não porque me ensinaste a compreender o amor dos infelizes.
Eu Te exalto ó Homem Divino
em todas as filosofias e em todas as línguas
em todas as ciências e em todas as artes
porque sem Ti ó Homem Divino
não existiria a harmonia universal do amor!


POESIA SEMPRE. Ano 17. Número 34. Poesia híndi contemporânea.  Editor Marco Lucchesi. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2010. 228  p.  No. 10 386
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA
 

 

                           A palavra falta

palavras são vozes mudas
de faltas que não ausentam

mas que de ausência se mudam
para outras faltas-presenças

por todos os lados são surdas
as palavras que se inventam

não do lado que se escuta
mas do outro que se pensa

aquele em que à palavra falta
seu espaço de ausência

não na lacuna do corpo
mas no que aí se inventa

como ausência há de ser oco
ou oco o que aí se pensa.


 O vaso

o poeta escreve por dentro
do vaso que não tem flora
nem fora que não tem flores
como essa estrofe

como este vaso que não se quebra
que não sequela palavra
cacos de cola flora de chão
cerâmica verde

o poeta escreve por dentro
argamando a massa
futuro vaso que há

futuro vaso do ar
que se espalha espelho
de outro vaso nobre.


A palavra zero

todo redondo do mundo
só cabe de ser profundo
no fundo palavra zero

porque em seu centro dorme
esta oração que comove
e se planta de desertos

no vazio que renova
outro mundo que, se forma,
é centro palavra zero

todo redondo do mundo
no centro de outro fundo
sé fundo quase deserto

 

*
Página ampliada e republicada em maio de 2025.


Página publicada em julho de 2019


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar