Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


EDÔNIO ALVES DO NASCIMENTO

EDÔNIO ALVES DO NASCIMENTO

Nasceu em Solânea – Paraíba, em 05 de janeiro de 1964. É Poeta, jornalista e professor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba. Tem publicados os seguintes livros: de Poesia – Essa doce alquimia (Idéia, 1992); Os amantes de Orfeu & poemas de rima interior (Manufatura, 1999). Contos – A ferrugem e o mármore, (Idéia, 2004).

 

“Os Amantes de Orfeu é um livro que revela a outra faceta de seu enorme talento! Receba o abraço do fã Moacyr Scliar.”

                                                                                        Moacyr Scliar,                                                                                 

 

 

O Desconcerto Das Coisas

 

As coisas todas são feitas

do não poder terem sido.

 

De inconsistente tecido,

são todas as coisas feitas.

 

Amiúde, minhas coisas

(as verdadeiramente reais),

sequer chegaram  a ter sido.

 

Pano de fundo em mistério

de tudo que há no mundo,

E ainda muito mais:

 

De tudo que há por detrás

de tudo que há no mundo,

para o mundo decorrer.

 

É do próprio acontecer

já não terem sido mais.

 

 

Réquiem Para A Minha Sorte

 

“Da morte, apenas nascemos, imensamente.

                                      (Vinícius de Moraes)”

 

 

Quando eu morrer

Esqueçam da minha morte

Só não esqueçam que morri

 

Não apenas que eu morri

Como permaneço insepulto

Nas poucas coisas que fiz

 

No que fiz e ficou feito

De bom-errado ou direito

Que eu nunca me arrependi

 

Por exemplo:

Ter amado tanto – e todas

Mas, antes, sem que as tivesse

As mulheres que perdi

 

Por isso quando eu morrer

Esqueçam  da minha morte

Mas não esqueçam que eu morri

 

Que eu morri em cada gesto

De esperança afetado

 

Em cada aperto de mão

Que eu pensava que foi dado

 

Que eu morri em cada gota

Do suor que escorri

 

Que eu morri pelos teus olhos

Os imaginando o mar

Em que findei por naufragar

E pensavas que eu vivi!

 

Quando eu morrer, amigos

Nunca esqueçam:

Esqueçam da minha morte,

Nunca esqueçam que eu morri

 

E que nem morrer é remédio

A se tomar para a vida

Que muito mais que morrer

Viver é que é despedida

De nada ao que dar adeus

 

Assim vão os dias teus

Que não diferem dos meus

Exceto por um detalhe:

 Os poetas vivem os dias

Como se os vivessem Deus

 

Por isso quando eu morrer, amigos

 

Nunca esqueçam:

Esqueçam da minha morte

Mas não esqueçam que eu morri

 

E que só morte (amiúde sepultado)

Nulo, extinto, consumado

Assim viverei feliz.

 

 

Extraído de ANTOLOGIA SONORA – Poesia Paraibana Contemporânea. João Pessoa: Edições O Sebo Cultural, 2009. Produção executiva de Heriberto Coelho de Almeida. Contendo 9 CD com gravações de poemas nas vozes dos autores, e 31 encartes em caixa de madeira. ISBN 978-278-995423

Página publicada em novembro de 2009, a partir do material cedido pelo Editor.


Extraído de:
2011 CALENDÁRIO   poetas     antologia
Jaboatão dos Guararapes, PE: Editora Guararapes EGM, 2010.
Editor: Edson Guedes de Morais

 

/ Caixa de cartão duro com 12 conjuntos de poemas, um para cada mês do ano. Os poetas incluídos pelo mês de seu aniversário. Inclui efígie e um poema de cada poeta, escolhidos entre os clássicos e os contemporâneos do Brasil, e alguns de Portugal. Produção artesanal.


 

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar