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ECOPOESIA – POESIA SOCIAL

 

Foto: issuu.com

 

 

 

DANIELLI CAVALCANTI

 

Cursou bacharelado e mestrado em Administração na Paraíba.

 

Danielli Cavalcanti trabalhou quase 10 anos na ONG Maiz, em Linz, na Áustria. Desde 2016, mora na Dinamarca, cursa docência para o ensino fundamental e escreve, sobre o viver sob o manto e entre a cerca da migração, no blog jardimmigrante.wordpress.com.  Tem as seguintes obras publicadas: Flor de Linz (2016), bilíngue português e alemão. Livro infantil Sopa de Sapo, em português, dinamarquês (2018) e alemão (2019). Livros de poesias: Quando eu outono, tu primaveras (2018) e É sempre outono na migração (2019). Participação nas seguintes coletâneas: Mulherio das Letras – Prosa (2017), Mulherio das Letras – Poesia (2018), Mulherio das Letras na Europa – Outubro literário (2018), Elas e as letras – Ed. Versejar (2018). Coletânea infantil: Com o pé na terra – Ed. Caleidoscópio (2018).

***

 

PROVÉRBIOS DA LAMA. Antologia poética. Organização Rodrigo Starling.  Belo Horizonte:  Starling, 2020.    204 p.   ISBN 978-85-990511-3-5 

 

 

 

 

       O CAPITAL DEVORA TUDO

O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Bem na hora do almoço
A sirene da pausa tocaria
Mas já não adiantaria
Pois havia lama até o pescoço

       O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Nas faces, nas árvores, nos lares
Centenas de vidas soterradas
Sufocadas, à força enterradas
Ele crava uma espátula no nosso peito

O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Violenta o ecossistema
Mas o que importa é o contrato
A cláusula do mais barato
A tudo mais dá-se um jeito

O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Deixa um rastro de destruição
E mães à espera de boa notícia
Elas passa por um eterna sevícia
Pois não têm competência pra morte, só pra vida

O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Impregna seu horror por todos os lugares
Uma mulher perde seu bebê no rio
É encontrada atolada, desolada, é salva por um fio
É salva?

Salvo está o capital
Que mesmo cometendo tanto crime ambiental
Segue firme na cotação do metal
Enquanto as vidas transbordam-se de dor
E a natureza é devastada pelo lamaçal

O capital devora tudo
E vomita seu rejeito
Aí chegam os bombeiros
Fazem um trabalho descomunal

       Um esforço sobrenatural
Essas pessoas são quem mais respeitam a vida
Limpando o vômito do capital

 

 

 

 

 

 

Página publicada em setembro de 2020

 


 

 

 
 
 
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