Foto: https://clubedapoesianordestina.com.br/
ANA ANGÉLICA DA COSTA
Nasceu aos 16/12/1966 na cidade de Monteiro/PB, poetisa, escritora com duas obras solo lançadas e participação em diversas antologias nacionais e internacionais.
Graduanda do curso Letras / Espanhol da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, membro da Academia Paraibana de Poesia – APP, ocupa a cadeira no. 05, patrono Augusto dos Anjos, membra da União Brasileira dos Escritores Paraibanos UBE-PB, recebeu título de Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Camalú – PB.
IMAGENS LITERÁRIAS: a realidade e o sonho. Antologia 2020 – UBE – PB: autores paraibanos e convidados. Poesia – Contos – Crônicas – Artigos. Organizadores: Ana Isabel de Souza Leão – José Edmilson Rodrigues – Luiz Augusto Paiva. Itabuna, Bahia: Mondrongo, 2020. 224 p. 13,5 x 23 cm.
ISBN 978-65- 86124-22-4 Obra publicada sob a chancela da União Brasileira de Escritores – UBE, Subseção da Paraíba. Ex, bibl. de
Antonio Miranda.
EU VI A LINHA PERDIDA
PROCURANDO O CARRETEL
GLOSA: Angélica Costa
MOTE: Charles Sant´Annna
Não consigo descrever
Quantas folhas eu gastei
Quantas rimas inventei
Tá difícil de escrever
E para sobreviver
Gerei amor num cordel
Unindo rima ao papel
Nessa batalha da vida
Eu vi a linha perdida
Procurando o carretel
QUANDO DURMO MINH´ALMA VIAJANTE
SAI DE MIM PRA DEITAR NA TUA CAMA
GLOSA: Angélica Costa
MOTE: Autor desconhecido
01
É dor doía a dor da separação
Tô sofrendo igual um desgraçado
De dor e angustia estou cansado
Amargurado pelo abismo da ilusão
Sua indiferença apunhalou meu coração
Mas a cigana me alertou da sua trama
Por maldade me arrastaste para a lama
Afastando-te de mim hoje distante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
02
A noite chega você entra em cena
Na vitrola uma música envolvente
Rodopio, tomo um vinho descontente
Nos lençóis sinto o cheiro de Açucena
Oh! mulher tão ingrata essa morena
Desprezando o amor de quem lhe ama
Destruído, descartado, eis meu drama
Hoje és minha estrela mais distante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
03
Carta lida, relida e amassada
Fruto de um amor não correspondido
Perdoa-me se já tiveres me esquecido
Tu és o grande amor da minha vida
Na loucura encontrei minha morada
És louca, infiel, tens péssima fama
Não desiste de mim, oh! mulher dama
Tens personalidade forte, és inconstante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
04
Coração dói, alma corrói, fico pensando
Amargurado pelo abismo da ilusão
Na treva encontrei sentimento e razão
Angustiado, humilhado, abandonado,
Desolado, abatido e fracassado
Só Deus é o bálsamo que acalma
Nesta hora a tristeza de minh´alma
Queria ter você por um instante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
05
Não consigo sua ausência suportar
Cansado de expor minha emoção
Dos sonhos que sonhados foram em vão
Beijos molhados e gostosos de provar
Muito prazer e arranhões na hora H
Fogo carnal que ardia feito chama
É natural transar com quem se ama
O nosso sexo era loucura instigante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
06
Essa paixão transformou-se em obsessão
Tremia só de pensar em te perder
Não se perde o que jamais se pôde ter
Sem conseguir controlar minha emoção
Perdi a noção do tempo e da razão
Nosso romance tornou-se um melodrama
Uma trama feito brasa em chama
Emocionante, conflitante, angustiante
Quando durmo minh´alma viajante
Sai de mim pra deitar na tua cama
VEJA e LEIA outros poeta da PARAÍBA em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html
Página publicada em janeiro de 2021
|