Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



RUTH MARIA CHAVES

 

 

(Nasceu a 2 de abril de 1934 em Belém do Pará. Formada em Letras Neo-latinas e Biblioteconomia. Publicou "Roda Pião", poesia, edição do Jornal de Letras em 1956. exerceU o magistério na Faculdade de Filosofia de Campos, onde passou a residir,  lecionando Língua Portuguesa.)

Poemas extraídos da antologia A NOVÍSSIMA POESIA BRASILEIRA. Seleção de Walmir Ayala. Rio de Janeiro, 1963.

 

 

SONETOS DE ABRIL

(VIII)

 

Pelas veredas lentas desse abril

chegarás, companheiro dos crepúsculos,

e silêncio tão vasto vinga em ti

que o azul retém seus pássaros mais bruscos.

 

Como ficaste em mim, de mim ausente!

Que constância de ti é meu socorro

agora (é mais que amor) que és dom e és tempo

e de tempo e de adeus se fez teu ouro.

 

Astro livrado às vastidões, mas fixo

aceso em sombras pelo céu se esbate

teu rosto irreversível, quase um signo,

 

que além do tempo tange eternidades.

Somos sombras de nós, abris remotos,

e as horas entardecem nos teus olhos.

 

 

QUARTETOS Â ESFINGE

 

Árduo colosso

ardes deserta:

no corpo fera

face donzela.

 

Não te consome

o tempo. Tara

híbrida morte

quem te aplacara!

 

Mas te defronto,

jogo sinistro.

Teu olho — vôo

ad infínitum

 

(irado sono)

é raro lince

a que não ouso

valer-me esfinge.

 

Não me proponho

antes suplico:

diva demônio

enigma signo.

 

Senhora fado

mais inflexível,

último santo

dos impossíveis!

 

Crispo-me calo,

pássaro branco.

Renego raivo

em mim e morro

que amor não livra
meu fogo e choro.
Oh, tu! Decifra-me
ou me devoro.

 

 

CHAVES, Ruth Maria.  Roda, pião! (cantiguinhas).  Capa e ilustraçòes de Oswaldo Martins. Rio de Janeiro: Jornal de Letras, 1956.  64 p.  15x23 cm  “ Ruth Maria Chaves “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

7 Cantiguinhas de um tempo atrás

(fragmento)

                         I

                Ciranda, cirandinha,
                    vamos todos cirandar...

          O vento soprou da infância,
          me trouxe muito de mim;
          vestia de azul e branco
          mais um laço de cetim.

          Éramos sete na roda,
          se outros faltavam, não sei;
          você era rei, eu rainha,
          os cinco, os filhos do rei.

          Ciranda, cirandinha,
          vamos todos cirandar,
          vamos dar a meia-volta,
          volta e meia vamos dar.

          O vento nos vai levando
          no tempo de nós crianças.
          Quando eu for grande (dizia)
          me largo e ninguém me alcança.

          Menina de azul e branco,
          um dia já fui você,
          agora você na roda
          vai rodando e não me vê.

          Ai, que vontade, meu Deus,
          de roda outra vez brincar.
          Ciranda, cirandinha,
          vamos todos cirandar.

         

         

Página publicada em fevereiro de 2009. Ampliada em novembro de 2015.

 

 

Voltar à página do Pará Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar