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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

PAULO FENDER
(1912-1981)

Poeta, nasceu no dia 14 de abril de 1912, em Belém, Pará. Exerceu as profissões de médico, jornalista e professor. Como suplente do senador Lameira Bittencourt assumiu o cargo no dia 02 de janeiro de 1960 devido a morte do titular. Permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 1963. Foi membro do Partido Republicano Mineiro (PRM), do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Movimento Trabalhista Renovador.
 

FÉNDER, PauloSonetos de Paulo Fénder.  2ª. edição. Brasília: 1960.  75 p.  2ª. edição. Brasília: 1960.  75 p.  16x23 cm. Impresso pelo Departamento de Imprensa Nacional. 

 

 

O SONETO

 

As catorze colunas deste augusto

e majestoso templo de Petrarca

assombrado transponho, olhando a custo

cintilações que a vista não abarca.

 

Mas, a missão maior, vencido o susto,

com a qual minha alma, imperturbável, arca,

é a de imprimir ao templo a minha marca,

razão por que as imagens nele incrusto.

 

E eis-me no apostolado de um convento,

enquanto ao culto da Arte me submeto

e a perfeição, lavrando o verso, tento

 

na oficina da quadra e do terceto,

onde vibro o cinzel do pensamento,

pela imortalidade do SONETO !

 

 

 

A SECA

 

Os sertões, estiolados, se esbraseiam,

lastra a seca infernal, volante e bruta,

sobe a poeira voraz da terra enxuta,

a fauna e a flora, exaustas, se derreiam.

 

O homem, descoroçoado, já não luta

contra os imponderáveis que o rodeiam.'

O suor e a sede... Enfim, preces se alteiam

da alma emigrante, trôpega e impoluta.

 

Entre a gente, que a seca desbarata,

eu disse/certa vez, a um retirante:

-— Que linda terra, a sua ! Mas, ingrata!

 

E ele, dentre os seus trapos, respondeu,

estremecendo ainda o torrão distante:

— Não é da terra, não, moço ! É do céu ! '

 

 

 

A POROROCA

 

A canoa veleja em rota escura

e corta águas revoltas, empopada, 

enquanto ao leme vai, de mão segura,

o caboclo, adentrando a madrugada.

 

Súbito, joga, à fúria da nortada,

geme o velame, ganha o rio altura,

partem-se vagas, cede a quilha dura,

e a nau rebenta e afunda, destroçada !

 

O homem, vencido pela pororoca,

O amazônico instinto satisfeito,

para reinar, depois, a antiga calma.

 

E o episódio fantástico me evoca  

o estraçalhar de amores no meu peito,

antes da paz que agora me vai nalma.

 

 

Página publicada em julho de 2014

 

 

Palavra-chave: metapoesia, poesia sobre poesia.


 

 

 
 
 
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