OSVALDO ORICO
Recobrando la tradición ibérica de los escriores bilíngües, Oswaldo Orico há transmitido directamente al castellano la inspiración que dictó esta precisa “Ruta sentimental de la ciudad de Rio de Janeiro”. Todas las grandes virtudes de la lírica peninsular está mezcladas y armoniosamente distribuídas em estos poemas de corte clássico, en los que uno de los más grandes poetas y pensadores del habla luso-brasileña canta en nuestro idioma la primorosa arquitectura de sua metrópoli.
Revista Hoy, Buenos Aires.
Obra escrita em 1944. Textos extraídos de uma caprichosa edição bilíngüe, a partir das traduções ao português por Élio Monnerat Sólon de Pontes (Niterói: Muiraquitã, 2005).
Autor: João Barcelos: www.joaobarcelos.com.br/paisagens1.htm
ORICO, Oswaldo. Roteiro sentimental do Rio de Janeiro. Ruta sentimental de Rio de Janeiro. Niterói, RJ: Muiraquitã, 2005. 100 p. 14x21 cm. ISBN 85-7543-048-3 Tradução: Élio Monnerat Sólon de Pontes. “Texto de acordó com a grafia da edição original, impressa em Buenos Aires em 1944.” “ Oswaldo Orico “ Ex. bibl. Antonio Miranda
LA PLAZUELA DEL BOTICARIO
Arboles. Quietud. Tranquilidad.
Aquí no llega el ruído de la esquina,
Y parece que existe una cortina,
Separando una edad de la otra edad.
Es el silencio, el alma, la sordina,
La cuna llena de hospitalidad
En que viene a acostarse la ciudad,
Recordando sus tiempos de menina.
Para divino alivio de suas males,
Nada como estos viejos arrabales
Que hablan de un tiempo lírico, hechicero,
En que dedos liliales de una mano
Recorrían las teclas de un piano
Bajo la luz de viejo candelero.
O LARGO DO BOTICÁRIO
Trad. de Élio Monnerat Sólon de Pontes
Árvores. Sossego. Tranquilidade.
Aqui não chega o rumor da esquina,
E parece que existe uma cortina,
Separando dois tempos da cidade.
É o silêncio, a alma, a surdina,
O berço pleno de hospitalidade
No qual vem abrigar-se esta cidade,
Recordando seus tempos de menina...
Para o divino alívio dos seus males,
Nada como estes velhos arrabaldes
Que falam de um lirismo feiticeiro,
Em que os dedos de luz de sua mão
Tangiam um piano, com emoção.
Usando um candelabro por luzeiro.
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Rugendas, 1822.
LA CASCADITA
Es posible que otrora en el rincón
por donde se despeña esta cascada,
Se hubiera despeñado un corazón
Eligiendo tal sitio por morada.
La verdad es que existe uma creación,
(historieta de amor o cuento de hada)
de la cual resta apenas un filón
de agua fresca batida, abandonada.
Ella guarda la gracia primitiva,
que convierte la gruta em obra viva,
en que el agua corriendo en las escamas,
a los ojos extáticos desata
su manto de cristal bajo la mata
y su velo de novia entre las ramas.
A CASCATINHA
Trad. de Élio Monnerat Sólon de Pontes
É possível que outrora no rincão
Por onde se despenha esta cascata,
Se tenha despencado um coração,
Escolhendo tal sítio por morada.
A verdade é que existe uma versão,
(Historinha de amor, conto de fada)
Da qual resta somente um filão
De água fresca, batida, abandonada.
Ela conserva a graça primitiva,
Que converte a gruta em obra viva,
Em que a água correndo sobre escamas,
Aos nossos olhos estáticos desata
Seu manto de cristal em plena mata
E seu véu de noiva entre as ramas.
Extraído de
ALBUM DE POESIAS. Supplemento d´O MALHO. RJ: s.d. R$ 26, 117 p. ilus. col. Ex. Antonio Miranda
Página publicada em janeiro de 2009; página ampliada em março de 2019.
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