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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ORLANDO TORQUATO SAMPAIO DA SILVA

 

ORLANDO SAMPAIO SILVA nasceu em 24 de janeiro de 1932, em Bragança, estado do Pará. Filho dos cearenses José Torquato do Silvo e Maria Sampaio Silva. Aos seis anos de idade a família mudou-se poro a capital do Estado, Belém, onde fez seus estudos primário, secundário e superior.

É professor titular (Antropologia), aposentado, da UFPA; Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) pela PUC/SR e Mestre em Ciência (Antropologia) pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. E advogado regulormente inscrito na OAB/SR antropólogo sócio efetivo da Associação Brasileira de Antropologia-ABA e é membro da União Brasileira de Escritores-UBE. Sua produção poética se concentrou no juventude, mas é poeta bissexto ao longo da vida. Suas poesias foram publicadas, quando jovem, em jornais e revistas literárias de sua cidade natal, de Belém e de São Paulo. Jovem, pertenceu a um grupo de poetas, em Belém. Tem poesias publicadas nas antologias e coletâneas: 'Nova Literatura Brasileira', Shogun Arte, Rio de Janeiro, 1983; 'Poesia - Poesia", Mirante, S. Paulo, 1983, e "Eu e o Contar de Minha Gente", Ed. Pannartz, S. Paulo, 1985. É autor de: TUXÁ, índios do Nordeste, Selo Universidade - Antropologia, Ed. AnnaBlume, São Paulo, 1997; Eduardo Golvão - índios e Caboclos. Ed. AnnaBlume, São Poulo, 2007; índios do Tocantins, Valer Editora, Manaus, 2009, AVontode de Potência, Chiado Editora, Lisboa, 2012, e Militares na Política do Pará e outros registros do testemunho e da memória. Ed. Paka-Totu, Belém, 2014.

 

 

SILVA, Orlando Torquato Sampaio da.  Poemas de amor e de vida.  Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores, 2015.   54 p.
14 x 20,5 cm.   ISBN 978-85-413-0603-4     Ex. bibl. Antonio Miranda, enviado pelo Autor.

 

 


R E F L E X Ã O

Luz e exultação transmutando-se em sofreguidão,
angústia reprimida ante a vidraça.

Por quê esta dor?

Seres polimórficos que se unificam em fantasma,
que transparecendo vigor, caminha sempre,
sem saber se é do presente, do passado ou do futuro...

Ideias fixas...
Por que não possuí-las,
se os ares são estradas se as pedras brancas plumas?

Sofreguidão, dor, angústia.
Simulacro que unifica seres multiformes,
que se fundem no ente singular.



P R E V I S Ã O

 

       O éter sem limites dissolver-se-á em minha mente
se eu não conseguir transpor esta colina.
O mar profundo solidificar-se-á em meus olhos
se a realidade dos meus sonhos não chegar viva à minha
vida.


Os míseros não mais precisarão se libertar do sofrimento,
— porque os verei apenas com a ternura intangível da
distância —
se o ideal que no passado construí para o futuro não se
cristalizar no presente.
Meu se estará despedaçado, à deriva, no oceano sem
fim.
Meu pensamento fraturar-se-á em pedaços
e espalhar-se-á insano nos espaços interestelares.
A larva fervente descerá do vulcão e abrasará o meu eu
imanente,
se o Sol dos meus sonhos não iluminar os campos
amarelos de lírios libertos.

 

 

       
P O E S I A

fios d´água tão suaves
brisa leve como pluma
vozes doces puras belas
ingênuas estórias de amor
parturição de ideias brancas
sem gritos se sem alarmes
céu limpo com nuvens alvas
espírito são de rosas
virgindade guarnecida
à sombra de ouro da asa
do santo anjo da guarda
tudo simples sem intenção
versos pálidos se inocentes.

 




Página publicada em janeiro de 2020


 

 

 
 
 
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