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MAX REIS

 

Lembrei que o meu amigo MAX REIS é formado em biologia pela UFPA, é professor, toca violão, faz poesia e prosa e tem livros premiados e publicados. Mas também é editor e compositor.
Fonte: http://slaredo.blogspot.com.br/2014/12/max-artes-as-mil-e-uma-artes-do-max.html

 

REIS, Max.  No caminho das linhas .  Belém, PA: Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, 2014.  84 p.  13,5x20 cm. “Prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura 2012 – Categoria Poesia”  Ex. Biblioteca Nacional de Brasília

 

SOMOS NÓS

´Cê pode até calar o sapo de coaxar no temporal
´Cê pode até parar
O lavar do prato no meu quintal

´Cê pode molhar o rio — cego enxergar o sol
´Cê pode até roubar peixe preso no meu anzol

´Cê faz da neve carvão, em trilho pode dar nó
´Cê pode ressuscitar cadáver que virou pó

Mas o que você não faz
É acabar com a força da nossa voz

E quando olhar do cais
Dos montes ou pedestais
Quem vem?
Nós.

 

PIRACEMA

Isca — anzol
Pescador — preguiça
Igapó — mangue
Ameba — bebe
Verme — sol
Solitária — missa
Procissão — arraial na plebe

Carro — sangue
Espigão — delícia
Vil — metal
Bacanal — surdina
Rádio — ativo
Idade — malícia
Ombro — estrela
Dor — dura — sina

Barco — rede
Sonar — desova
Lago — sonho
Espinhel — panema
Fome — sede
Mercúrio — cova
Olhos verdes na piracema.


VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSEAirton Souza organizador.  Belém: Arca Editora, 2021.  221 p.  ISBN 978-65-990875-5-4    
                                                                     Ex. Antonio Miranda

ENTRETANTO

O que te peço é tão pouco...
Apenas morrer dormindo e sorrir te vendo sorrindo
Passar sussurrando:”louco”
Gozar minha tarde branda em água morna e lavanda
Mormaço me deixa rouco

Não nego que te pedi
A sesta na minha rede e a água da tua sede
Eu quase toda bebi
Teu cheiro era de alfazema à meia luz de cinema
Nem lembro se te despi

O que te peço é tão parco
Permite que eu te cative à sombra, serve, inclusive
No pântano, mar, no charco
Revela, agora, o vigor se às vezes gemo de dor
Desencalhando o teu barco

Não nego que te lancei
Olhar de viés, desdém, nos anos que andava bem
Nas cores do nosso Rei
Não fecha as portas de luz, janelas que o som conduz...
Ó tempo, eu te ignorei.


BANHO DE FOGO

Não estavas aqui quando te vi
Disfarçada de flor – pétalas nuas
Aos meus olhos, miragens que tatuas
Lembram em sonho a manhã que te despi

Era assim — mesmo assim — o Sol ali
Te banhando de fogo o corpo nu
Teus cabelos com cheiro de xampu
Contra o vento abanando o que mordi

O sereno acendendo os teus faróis
Escondidos por entre o capim santo
Ao balanço de nós, nossos lençóis

Descobrias o amor feito um quebranto
Sussurravas qual mar nos caracóis
E o prazer no teu grito ser ao meu canto.

 

*

Página ampliada e republicada em março de 2022

 


Página publicada em março de 2015

 


 

 

 
 
 
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