Pensamento
A única chance de ser único
Como voa o pensamento
Em busca de algo bem distante,
Além do real,
Além do presente de nossas vidas.
Voa como se fosse fazer
A maior descoberta
Bem nas profundezas de um mar desfeito.
Como voa o pensamento
Naquela saudade crua,
Dos bons tempos de nossas vidas.
Vai abraçar o alguém de um amor já perdido
Vai buscar o distante de um tempo passado
Vai chorar a partida de um amor que nasceu.
Adeus amor, adeus!
A festa
Sempre presente.
De repente,
A consciência aponta verdades,
Destrói sonhos
E a paz desaparece
Por entre os caminhos do coração.
E aquele aperto faz doer a alma,
Até que um gemido mais alto
Faz transbordar a revolta contida.
Chegou a hora de fazer uma festa.
Gritar bem alto para acordar os fantasmas
De cantarolar uma canção de paz
De festejar a vida e seus enfoques
De pincelar de cores vivas
As gravuras de nossa mente
De fazer brilhar os olhos
E coloca-los na direção
De fazer brilhar os olhos
E coloca-los na direção
De um mundo melhor.
A foto mágica
Só o destino faz!
Um dia, talvez,
Olhando as paredes de mim mesma,
Encontre as fotos tiradas pelo destino.
Entre elas,
Bem colorida,
Encontrarei tua face.
A noite de um poeta.
À espera da lua.
Anos e anos sob o sol escaldante,
Quando a noite chegou,
Encontrou-me pronta
Driblando todos os percalços.
Consegui chegar triunfante e plena.
Ao encontro da noite.
Pois que também cheguem as estrelas,
Uma a uma ditando as regras
De uma nova vida e um novo pensar.
Que venha também a lua, que só na noite brilha,
Dizer o que de mim espera,
Pois, ao sol, já dei o que não tudo tinha.
Nome completo da autora: Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca.
FERNANDES, Lolô. Soprando no Coração. Prefácio de Wenceslau
Soares Filho. Capa: José Roberto Alves de Souza. Porto Alegre: Alcance, 2009. 96 p. No. 11 007
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito.
Foto: pgc.com.br/prefeitura-de-paracatu-mg
A praça
Uma eterna lembrança
A praça ao lado da Igreja está calma
Presenciando a chegada da noite.
Ninguém no coreto e na rua silenciosa e triste.
As plantinhas estão lá, firmes!
As árvores embaladas pelo vento
Circulando a paz em cada pedacinho de chão.
É assim que te sinto Paracatu.
É assim que te conheci
É assim que te amo. — Pura, simples, poética e calma.
Desejei que o tempo passasse
Todas as vezes que por lá passei
Desejei para lá mudar-me.
Foi um sonhos apenas... Acordei!
Destino
Algo mais íntimo.
Vida que passa por mim tão depressa.
Gente que vive sem saber por quê.
Vou vivendo pra sentir, amar, sofrer, ir...
Vou vivendo como as águas contínuas de um mar.
Passado já distante e chegando ao momento feliz.
Vou a ti, sorrio feliz, vivo-te!
Volto a mim, sofro, entristeço, recordo-te!
Vida a viver — sina!
O amor a me seguir — destino!
*
Página ampliada em outubro de 2024
Página publicada em julho de 2020