EUSTÁQUIO DE AZEVEDO
José Eustáquio de Azevedo, Pará, 1867 – 1943.
SONETOS V.2. Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d p. 151-302. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui poetas brasileiros e de outras nacionalidades. Edição artesanal, tiragem limitada.
Ex. bibl. Antonio Miranda
Poema de J. EUSTACHIO D´AZEVEDO:
A UMA CORTESÃ
A luz do teu olhar que audaz cintila,
iluminou minh´alma enregelada,
naquela noite olente e constelada
em que me viste, em que eu te vi, Dalila!
Tinhas da Vésper que céu rutila,
o fulgurante brilho e a graça iriada!...
E eu, ao te ver assim, bela, adorada,
oh! como te estimei, mulher d´argila!
No coração, porém, só tinhas... lodo!
O meu amor arrefeceu de todo...
E ao saber que, sem pejo, te vendias,
eu também te comprei! Paguei-te à vista
e saí enojado da conquista
trescalando ao perfume das orgias!
Página publicada em dezembro de 2019
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