ALCIDES BAÍA
Nasceu em 1870, provavelmente no Pará; faleceu em Manaus, 1934.
Jornalista, poeta, orador, deputado federal, membro da Mina Literária, em Belém, Pará.
Militante abolicionista afrodescendente. Provavelmente nasceu no Pará. Estudou na Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. Acompanhou às manifestações públicas promovidas pelo abolicionista mulato José do Patrocínio. Consta que numa dessas manifestações seu discurso teria emocionado tanto o líder abolicionista que este beijou-lhe a testa. Voltando a Belém, exerceu atividade de jornalista no "República". Perseguições políticas o forçaram a fugir para Manaus, onde passou a trabalhar no "Comércio do Amazonas". Associando-se a políticos locais, defendeu os governos de Silvério e Constantino Nery. Foi eleito deputado federal, com o apoio de Rego Monteiro, e várias vezes deputado estadual. Colaborou na obra A Imprensa no Amazonas, organizada por João Batista de Faria e Souza. Foi um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras. Era casado com a professora de música Antônia Bahia. Faleceu a 4 de outubro de 1934, em Manaus. Fonte da biografia: https://www.nacaomestica.org/
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SONETOS V.2. Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d p. 151-302. 16,5 x 11 cm. ilus. col. Editor Edson Guedes de Moraes. Inclui poetas brasileiros e de outras nacionalidades. Edição artesanal, tiragem limitada.
Ex. bibl. Antonio Miranda
ETERNA MÁGOA
Onde tu fores, seguirei contigo.
Ó flor das róseas criações humanas.
Há nos teus passos carinhoso abrigo
Para as mentidas ilusões mundanas.
E este caminho por que segues, siga,
Deixando o mundo e as causas sobre-humanas,
E Deus nos lance as graças soberanas
De um mútuo afeto e perenal castigo.
Ouves ? Este sussurro da floresta
É uma risada de sua alma em festa.
Pagues na florescência de teu riso.
Que eu, sorrindo-me, sempre tenho a intensa
Mágoa profunda de uma dó imensa
E uma lágrima dentro do sorriso.
Página publicada em dezembro de 2019
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