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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

YARA CASTANHO

 

Nasceu em Uberlândia, Minas Gerasi. Em 1985 publicou sua primeira obra, desde então a poesia começou a fazer parte de sua vida.
Hoje, em 2001, com nove livros puhlicados, a peregrina da poesia viaja lentamente entre as almas apaixonadas.

 

CASTANHO, Yara. Alma de mulher.   Ilustração e capa: Marconi Moura Câmara.  S. l.: LGE Editora, 2000.  89 p.   Ex. bibl. Antonio Miranda 

 

 DEDICO:

Dedico este livro aos pássaros
De voos rasantes
Que pousaram...
Em minha mente e coração,
Deixando, lembranças de
Seu cantar, às vezes,
Solitário...

  

 Prazer & Momentos

 Neste infinito coração
 Sou uma célula do cosmo,
Que vive em função do amor.

Eu mulher...
Orgásmica e cósmica,
Para um deus-homem...
Torna a ter-me
Um pouco mais.
Assim entrarei na intimidade
Do teu corpo,
Cujas cintilações tornarão
Eterno nosso elo.

 

Murmúrios

Que direi!
Ao império dos sentidos?
Que desfiz meus momentos
A perguntar pelos sonhos.

Vencida, volto
Aos passos do tempo,
Rompendo a noite,
Varando o sono
Em fantasias...



Alma de Mulher

Num adeus amargurado,
Que já por todos marcados,
Vasculhei em lixos e pântanos,
Com os famintos de afeto.

Atuei como vítima de personagens
Austeros e afortunados
No palco da vida.

Queria poder transformar as montanhas,
Voar mais alto que os pássaros,
Unir as nuvens no infinito
E tendo para o presente
Segredos profanos.


CASTANHO, Yara. Viagem de um ser. Ilustrações: André Luiz Chaves. Diagramação e capa:    Rogério Afonso Alves Neto.   Brasília: Quick Printer Impressos Rápidos, 2001.  83 p.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Apresentação

Renuncie sua pretensa cultura
e deixe-se envolver por "viagem de um ser".
Calar atrai o silêncio... assim
na quietude, o verso gera
em forma poética, seu emocional.
Deixe que esta vida se apresente ao seu mundo,
e se mova em sentimentos profundos.
Dê a si mesmo, oportunidade de conhecer o
princípio criativo da poesia de Yara Castanho,
autora ausente de pretensões verbalísticas,
mas que brota no vazio da página branca
sua face interior!

    — Beth Castanho

***

 

 

Procuro seduzí-lo pelos
Passeios de lembranças
Nestes meus versos
Em passos lentos...
Em direção incerta...

 

 

       Sociedade mascarada

Eu vi, a tristeza abusando da compaixão.
Eu vi, o ódio, a raiva, a aversão, a inveja,
No anti-sentimento das pessoas.
Eu vi, o vazio do amor ausente,
Consentindo a obscuridade da mente.
Eu vi, o medo proporcionando insegurança
Como sinal de promiscuidade,
Confundindo exagero com pontualidade.
Estupidez com honestidade.
Eu vi, o viciado se relacionar com outros
viciados.
O promíscuo com outros promíscuos.
O egoísta com outros egoístas.
O arrogante com outros arrogantes.
Eu vi, esse relacionar secundário
E artificial e pensei..
É o homem, sendo corrompido pela
sociedade.
Que usa máscaras
E subterfúgios, atraídos pelas
Vantagens da corrupção.

 

 

       Tempo certo

T
em no pensamento a liberdade
E em outros sentimentos,
Mesmo sabendo que a música
Pulsa um pulsar sem grito
O existir sem vida.

Clamando seu nome o amor
Em formas diversas,
Recorda o presente.
Tendo no abandono como destino
Ofertas do ter sem possuir.

 

      
Censura

       Como anjo que dorme,
Em teus encantos o amor se estende.
Nas horas do amor e do silêncio
Sonhos faz de tímida esperança
Um coração navegante que
Ruma,
Além das serras entre tantos desencantos.


CASTANHO, Yara. Face a facePrefácios por Evaldo Martins  e  Danilo Horta.  Belo Horizonte, MG: O Escriba – Editora Multimidia de Artes Gráficas, 1995   87 p.
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Pássaro Cativo

Perdida volta
A
perguntar pelos sonhos:
Seja primeira,
Seja esta tua seta acesa
Acender-me por inteira.
Retirando das pedras
O desejo de ser feliz.

Concebida no hoje
Ao império dos sentidos.
T
orna-me um pouco mais
Insinuante pelos lábios
Você homem,
O ser infinito.

 

Desencanto
 

Deparei-me com teu pacto-anti-humano
E nele penetrei, como louca, por acaso.
Silenciando meu íntimo
Enterrei todas questões,
No silêncio e árido mundo escuro.
Com o tempo se esquece.
A solidão de um encanto
Na voz do pensamento.
Tua história: vitórias e desalentos,
Onde o sonho se acaba.

 

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