Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

ROGÉRIO SOARES

Nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1962.

Não sei por onde anda o autor. Encontrei-o, por acaso, em um sebo de Brasília: PREVERSOS. Edição impecável (projeto gráfico de Marconi Drummond) da Pacto das Letras, São Paulo. Rogério Soares é dos bons. Linguagem nova, lirismo renovado. Aposto nele.  Antonio Miranda 

 

SOARES, RogérioPreversos.  Belo Horizonte, MG: Pacto das Letras, 2002.  112 p   ilus.  13x22 cm.  Projeto gráfico: Marconi Drummond.  ISBN 85-90297-1-4 “Rogério de Oliveira Soares “

 

         Nenhuma dor é tanta
         ou tortura quanta
         sua carne
         prato vazio
         braços amputados
         navios abandonados

***

         Olhos mortos
         tortos
         se espantam quando as fornalhas da fome
         nos libertam dos prazeres
         do apetite solitário


***

Na partilha dos bens
fico com o que pode a minha memória guardar
o índole pedir
o meu coração roubar
fico com o que posso embrulhar
depositar em gavetas

***

Ávida
não toques o meu corpo impulso
se o queres perdido em teu fogo
sabes tenho-te já pronta
em minhas manhãs solitárias
quando acordo e minha mãos te procuram
no leito invisível
cama vazia


***

Beijo suas partes surpresas
declaro meus direitos
avanço todos os sinais
porta sem pudor


FAST FOOD
(Para Marina Lima)

Provou minhas esquinas
tumores
tremores
apagou todas as pegadas que me trouxeram
e meu deu de presente
esse olhar marginal

Você se esqueceu do cotovelo nariz tornozelo
com a mão mordeu
o oferecido pão encantado inventado
só para mim

 

***

Até quando puder
aos olhos escondidos
o permitido

 

***

Brasília: cidades são caminhos, você é apenas um dos tantos.
Aqui, hóspede de seu leito, não queria embrutecer meu coração,
seria puni-la premeditadamente. Brasília são curvas e desvios.
Sinos silenciosos tocam-me os ossos. Torturam.

 Seus nomes são vários, nossa fome também. Cidades são
becos, esquinas, vontades, pessoas. Não vejo segredo ou
nobreza alguma que não possa ser desvendada. Brasília:
queimo meus dedos, arranco os dentes, vedo à minha boca
seu nome, amordaço as pupilas, desdenho meu próprio
coração.                                      (
15 de fevereiro de 2001)

Página publicada em outubro de 2008

 




Voltar para o Topo da Página Voltar para a Página de Minas Gerais

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar