RICARDO WAGNER
É advogado com tendência anarquista na veia de Proudhon. Tem três livros de poesia publicados: Rumores da Existência – 2002; Ain’da Essência – 2003.; COM FISSÕES DE UM PROTUSUÁRIO DE BOTECO – 2005.
Escreve no blog: http://prodigus.blogspot.com
Quantos ecos
Pra convencer
De que fui exumado
De um útero
E de que cai aqui
Sem bula?
Que o mundo me engula!...
Escrevo
Sem saber
O pedigree
De meu silêncio.
palavra é porra
em um mundo estéril.
língua
introduzida
em idéias frígidas
introinduzidas.
que o papel
amarreganhe
as pernas.
BEB AÇO
Preciso deixar a bebida.
Ontem tomei tanto
Que não conseguia falar
Nem chinês.
Desse jeito ainda
Tropeço nos neurônios
E bato a cabeça
Na consciência.
Espermar um poema
É arrancar o cabaço
(Com a ponta do aço)
Do papel –anêmico
Próximo ao esquema
Do girino esquizofrênico
Internado no saco.
META AMOR FO$E
META AMOR FOISE
META AMOR FOSSE
META AMOR FOICE
META AMOR FORCE
META AMOR FODE
NEM TUDO QUE RELUZ
É VAGA-LUME
PODE SER
VAGA-BUNDA.
WAGNER, Ricardo. Confissões de um protusuário de boteco. 1ª pedição. Araxa, MG: Edição do Autor, 2004. 120 p 14x21 cm. Capa e projeto gráfico: “ Ricardo Wagner “. Ex. bibl. Antonio Miranda
Página publicada em janeiro de 2008. Preparada por Cássio (Marcos) Amaral.
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