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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

RAPHAEL ROCHA

 

Autor do livro Fuga das Horas, Raphael Rocha, nasceu em 1986, em Belo Horizonte, Minas Gerais.. Ano do desastre em Chernobyl. Ganha a vida como jornalista em Brasília. Publicou o primeiro livro, Do Universo Rabisco o Mundo, em 2011. Participou da 2ª edição da antologia Bienal do B – A poesia na rua. Emprestou a voz para o áudio livro Catraca Inoperante, da escritora Clara Arreguy. Lançou, em 2014, o projeto Commodities, uma banda que tem sua configuração alterada a cada show. Gosta de estrogonofe, mato e cigarro de palha. Gosta de olhar as coisas bebendo cerveja. Gosta de beber cerveja olhando as coisas. Escreve.

 

ROCHA, Raphael.   Fuga das horas.   São Paulo Editora Patuá, 2015.   96 p.  14x21 cm.  Editor: Eduardo Lacerda.  Projeto gráfico e capa: Leonardo Mathias.  ISBN 978-85-8297-173-4   Tiragem: 100 exs.  Ex. bibl. part. Antonio Miranda

 

A voz

          A voz
                   Para valer na página
         Tem que vir lá do fundo

Do baço, do estômago
Da veia cava,


do âmago

                         Tem que percorrer um longo caminho

A voz
Para valer na página

 

Noventa e seis mil quilômetros de estrada
É coisa pouca

E tem gente que acha
Que a voz nasce é na boca

 

Aço e Giz

pouco disso que faço
tudo nisso que escrevo
algo me diz
não é meu um escrito que traço
nem é meu nenhum laço que fiz

                                                          sinto nisso
de não ter nada com isso
que desvendei algum segredo

                              
e talvez seja

desses escritos
tenho por obrigação
ser todo ouvidos

                               e nada além

eu só parto quando eles já estão
na folha
re/partidos

 

Aço e Giz

pouco disso que faço
tudo nisso que escrevo
algo me diz
não é meu um escrito que traço
nem é meu nenhum laço que fiz

                                                          sinto nisso
de não ter nada com isso
que desvendei algum segredo

                              
e talvez seja

desses escritos
tenho por obrigação
ser todo ouvidos

                               e nada além

eu só parto quando eles já estão
na folha
re/partidos

 

O poema (De repente, assim é)

Assim é o poema:   Chega sem por que
E antes mesmo de ser

                             De repente é

                             E sai deixando rastros
Do que de repente foi

                              Dizendo não explica
O que mostra quando esconde

                             (Re)nasce quando morre

 

*

Em tempo:

Viver é uma palavra curta.

Curta.

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2017


 
 
 
 
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