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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

M.  GENIRIS MORATO ARNAUT

 

Maria Geniris Morato Arnaut nasceu em Beto Horizonte na década de 40.

Formação em letras (incompleta) Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -1970.

        Formação de Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais -1974.

Fez especialização em Psicologia - Formação de Prof. Universitária - Pós-graduação Latu-Sensu - em 1979 até 1981 na Universidade Newton de Paiva Ferreira.

Fez o curso de Psicopatologia do Circulo Psicanalítico de Minas Gerais nos anos 1978 e 1979.

Trabalhou alguns anos em Hospital Psiquiátrico - André Luiz - Serra Verde como Supervisora do grupo de Psicologia.

Ex-professora Titular de Teoria da Personalidade - Técnicas Projetivas e Psicanálise da Faculdade de Ciências Humanas - Fumec e Newton de Paiva Ferreira de 1975 até 1985.

Há vários anos faz uma formação constante da Teoria e Técnica da Ciência da Psicanálise em diversas instituições Psicanalíticas.

Membro participante do Fórum de Psicanálise de Minas Gerais.

Atende como Psicanalista no consultório clínico particular em BH.

 

 

ARNAUT, Maria Geniris Morato.   Do outro lado da rua a parede nua.  Orelhas do libro por  Gregorio Baremblit e Rose Marie Muraro.   Montagem e fotolito da capa: Ingrafoto.  Fotos: Foto Studio BH.  Rio de Janeiro: Artes & Contos, 1995.   218 p.    ISBN 85-85664-18-5
Ex. bibl. Antonio Miranda. 

 

A composição temática do livro, seu enfoque, sua vocação humanitária e de denúncia, a força com que os dolorosos temas foram tratados e a audácia que é necessária a um psicanalista para incursionar nesses tópicos e dessa maneira... não podem senão causar admiração, respeito e apreciação.

GREGORIO BAREMBLIT

 


 

HOMOERÓTICOS

 

Homoeróticos... tão eróticos
Nas suas almas inquietas
Com sabores manifestos
Que não são tão bem impressos
Nessa ordem do "lugar"...
Que não são tão bem marcados
Nesse corpo singular!...

 

Gays tão tristes de certeza
Gays alegres, com incerteza...
De não saber o porquê
De tal destino... e pra quê?
Gays que não querem tal rótulo
Que esse senso "normal"
Procura olhar, com a miopia
Dos míopes que tiram os óculos
E nada vêem... mais além
Do que seja... o próprio bem!

 

Gays felizes, distraídos

Que, às vezes, ca-em armadilhas

Das crueldades fatais

Sombrias e traiçoeiras

De "amigos" tão traiçoeiros

Que matam pelas traseiras

De formas bem trapaceiras...

 

 

 

TRASVESTISMO

 

Lá vem ele per-vestido de Ela
Lá vem ela per-vertido de Ele
Esse outro duplo, esse jogo duplo
Entre plumas e paetês...
No esconde-esconde da cabeça de avestruz
Envolto nos sete véus dos fetiches de Salomé
Àquela que não batiza a cabeça de Batista
Envolto nas mil e uma máscaras de Sherazade Máscaras perdidas nos espaços das letras...
De uma história que não pode se inscrever
Na extensão maior da dimensão do corpo.
Da palavra que não pode matar
O frenesi da carne...

 

Oh inquietude inquieta que não quieta
A ânsia louca de escapar da imagem
Que se olha...

E do desejo que se crê morrer
Diluído na realidade desse corpo...

 

 

 

GAROTOS DE PROGRAMA

 

Garotos que vendem o corpo todas as semanas Garotos que trocam tudo por alguma grana
Às vezes preço, preço-precinho de banana

Às vezes preço, preço até muito bacana.

 

Garotos fortes, altos, brancos, negros, japoneses,

Franco-Italianos e Ingleses

Gringos e brasileiros de sotaque americano

Com corpos xilogravados

Em tatuagens chinesas

Pele tostada à cor praiana, indiana

E blue jeans em griffes, confirmados.

 

Moços que caem nos braços

Das ricas damas que abraçam

De gigolôs fracassados e senhores derrotados.

De seres desesperados

Que trocam um sexo qualquer

Em troca de alguém que quer...

Dar aos "michets" seus "cachets"...

E gozar sem mais "porquês".

 

 

 

 

VELHICE DESPREZADA

 

Quantos velhos no mundo... desprezados
Nesses cantos... tão desencantados.
Corpos de lados gelados... congelados
Sexos calados... sem jeito... rejeitados
Rostos marcados... olhos tão vidrados
Memórias passadas... passado repassado
Da presença do "ser", que o tempo lá marcou
E que o presente "aqui-agora" desmarcou.

 

Na orgia do mundo descartável
Do capitalismo tão selvagem
As coisas são trocadas a granel
Assim como se troca de papel.

 

Um fogão velho, por outro novo, mais potente
Um forno morno, por um efervecente
Um som mais fraco, por um extasiante
A roupa antiga, pela extravagante.

 

E nesse jogo de troca alucinante
Trocar... trocar é bem interessante!

 

Um corpo velho por um mais sedutor
Um rosto velho por um encantador
O amante novo... mais estimulante
A imagem nova... mais apaixonante
A idéia nova... mais inteligente
 Cabeça nova... bem mais instigante
O sexo novo... bem mais penetrante
O gozo novo... mais... mais delirante...

 

 

 

CRENTE - CRENÇA

 

O Crente é crente em fazer que a fé exista
Despreza o mal e quer aqui agora o bem
Um bem para amanhã sem mais demora
A-parte nessa busca exclusivista,
Da sombra, d'água fresca e céu também.

 

Crente, se prende nas Igrejas, nas Instituições,

Nas Empresas, nos plenários, nas Constituições,

E segue um mestre até lá na prisão

Àquele que por ele pense... pensa... compensa...

Isente sua culpa... seu perdão

E aumente sua recompensa - ação...

 

E crente se fixa na hegemonia de uma casta
Que qualquer um não entra... não é casto?
E crente de ser o dono de uma tal verdade
Repete... repete... repete em toda idade
Acreditando na totalidade...

 

O Crente, crente de conhecer o que não sabe
Não sabe nem se crença é conhecer
E fica longe desse ser descrente...

 

Sofre crente...

Já que é mais sofrido se reconhecer...

 

 

 

Página publicada em setembro de 2020

 


 

 

 
 
 
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