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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

LUCAS MAROCA DE CASTRO

 

 

nasceu em 1982. Natural de Belo Horizonte, passou a infância,  entretanto, em Ouro Branco, interior de MG. De volta à capital,     graduou-se em Letras — licenciatura — (2008), com habilitação em

Língua Portuguesa, na UFMG. Foi integrante do Programa A tela        e o texto, de 2008 a 2010. Atualmente, trabalha como professor de

português na AMAS - Associação Municipal de Assistência Social.

 

 

 

 

NÓS DA POESIA.volume 2.  Org. Brenda Marques Pena.  São Paulo: All Print, 2009.        119 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda  

 

 

Lunático

 

Eu também olhei para todos os lados, mas não foi à procura de Deus.

Nas margens da lua, parei. Olhei, sentei, senti.

Havia água — pura, como muitos de nós: Puro.

E impressionei-me todo, que nós ficamos tão preocupados em

estacionar ali tão longe e de espertos, nada. Tão longe, fomos tão

longe, e se esqueceu do que estava perto.

Guerra fria, água congelada — alguma coisa havia de comum.

Tato. Pouco?

Suor e mais suor investido no orgulho — à procura de Deus.

 

A Terra - eu te enganava — diziam azul. Era vermelha. Com

sangue pra lavar nossos pecados. E apesar do peso dos pecados,

mantinha-se no eixo: coisa que jamais entendi.

Várias esferas brincando ao redor umas das outras, e a gente ali,

dentro delas, sem entender muita coisa, dançando também,

sonhando outras vidas...

Somos de poeira cósmica.

 

"Se um dia eu tiver uma casinha bem pequenininha, plantarei nela rosas, cuja poda será em noites de lua cheia. Ah! se um dia eu tiver... uma casinha bem pequeninha - eu quero lua cheia."

 

Quem? Quem? Eles decidiram. Foram eles. Não nós. E deci­diram vir até aqui, ó lua, porque era difícil. Mais difícil do que chegar até mim? até todos? Privados de luz: espelhos, somos reflexos... A lua não era mais que a noite. E o escuro úmido se fez, no útero da noite — na minha, na sua, no nosso covarde egoísmo. Pai?

 

Vestir aquelas roupas brancas: lunares.

Navegantes do espaço sideral? Era este o sacrifício?

Filhos do sol, à procura do Pai, habitamos um mundo refratário.

É esse o meu lugar?

 

Refletir, de prata, aquilo que outros querem?
Pousamos. Estamos com os pés no solo.

Tenho tanta sede. Dê-me um copo de água banhado de sereno
que tenho os sentimentos e o coração presos.
O que fizeram comigo? Aqui faz tanto frio.
Sinto-me quase nada.

Vontade de uivar, vontade de estar no colo da mãe.
Vontade de ser lobo e lebre quando os dois são um só.

 

"Porque...Porque se eu tiver uma casinha que seja minha, nela
farei uma horta que seguirá os conselhos da lua. Porque...Porque
se eu tiver a Lua dentro de mim, vou refletir, prometo, parte da
luz do Sol que você traz."

 

 

 

 

 

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Página publicada em dezembro de 2020

 

 

 

 
 
 
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