LEONARDO DE PAULA CAMPOS
“E não foi difícil entrever a existência de um jogo em que a noção de texto e expressividade, de descoberta e invenção, enfim, d um bom domínio da arte literária haviam dado a Leonardo a possibilidade de poder escrever e publicar um livro de poemas à altura de seu tempo. E isso é o que de melhor se pode falar de um poeta.” JOAQUIM BRANCO
“De uma geração nova de poetas, Leonardo de Paula Campos é daqueles que confirmam sempre esta eterna vocação literária de Cataguases. Versos que ressoam mostrando os rios, as praças e o povo, Alma de brinquedo, nome que traduz de forma definitiva o espírito do livro no que ele nos oferece de lúdico, de lírico, de agradável”. EMERSON TEIXEIRA CARDOSO
De
Leonardo de Paula Campos
Alma de brinquedo. 2 ed.
Cataguases: Ed. Funcec, 2010.
87 p. ISBN 978-85-61636-0s3-6
TEMP(L)O
Dessfaço o tempo
redescubro o inconsciente.
Venero todos os sons,
toda a angústia,
embutida no espectro da sua ausência
e discriminada, ainda hoje, no (de)correr dos
meus passos.
Na agonia deste verbo,
talvez, na certeza imutável,
trago a lembrança das coisas que se vão.
Trago em mim a solidão deflagrada
e a esperança correndo ao seu encontro!
Mas, ainda, tão pervertida como o passado
da sua despedida.
TRISTE INÍCIO
É forte o sinal
que intercala o céu.
A noite escolta inocente
a desgraça humana,
e as estrelas perdem seus valores.
— Já não contrário o dia que desponta.
Página publicada em junho de 2011.
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