KIKO FERREIRA – Brasil – POESIA DOS BRASIS – MINAS GERAIS
KIKO FERREIRA
Mineiro de Belo Horizonte nascido em 1959. Poeta e produtor de rádio e TV e letrista bissexto.
De
Kiko Ferreira
CIO EM SETEMBRO
2ª ed,
Cartuns de Nilson
Belo Horizonte: Rona Editora, 1999
sigo que sim
soul
alma de jazz
sangue de ronck´n´roll
***
depois desse copo
vale tudo
leros, boleros e banzo
amor de cordel
calor de bordel
beijo bilíngue
depois desse tapa
corre tudo
cenas, takes e cortes
a corte do dom
de te manter acesa
night & day
De
Kiko Ferreira
SOLO de KALIMBA
Capa e projeto gráfico de Ricardo Aleixo
2ª ed.
Belo Horizonte: Scriptum Livros, 2006
ISBN 85-80044-04-1
DUAS LUAS
estupros, greves,
sangue, ardis
venenos, golpes,
navalhas, fuzis
finalmente
diabos fora
fiz meus dois
poemas infantis
TEMPORAL
seria
fado
não fosse
frevo
seria
travo
não fosse
medo
seria
sereia
não fosse
chuva
TRÓPICO
à tarde
as certezas
são flexíveis
CODA
antes
ação
talvez
assédio
hoje
solidão
e tédio
De
Kiko Ferreira
MUSIKALIGRAFIA
Belo Horizonte: Scriptum, 2009. 88 p
ISBN 978-85-89044-26-8
Nas página ímpares pentagrama sugerindo que os leitores façam composições a partir dos textos...
COHEN E A MÚSICA
onde anda minha musa
que o tempo sem ponteiros não acusa?
onde o corpo que, quando quer, minha alma usa?
nas dobras da lua, entre frisos de encolher paixão.
não há para o amor
Just time to spend between the summers
TIRO DE LETRA
refrão
mais
que
música
tiro de letra
no
coração
*
se fui claro
começo de novo
De
Kiko Ferreira
STET
Belo Horizonte: Scriptum, 2007. 46 p.
ISBN 978-85-89044-17-2
FOREVER YANG
se não for sol; ao menos lux, fio de fogo, lampejos de sexo e
dúvidas em sobressalto.
nunca mais ponte, muro, catamatas; caco de ladrilho; de brilho
próprio, fundo de taça entre goles, vitral inesperado, telha
tombada por iephas, alephs, aliens
aliás: teses.
fica assim: fica sempre. fica leve. fica breve eternamente.
fica.
forever young.
forever yang.
ENTRELINHAS , VERSOS CONTEMPORÂNEOS MINEIROS. Organização: Vera Casa Nova, Kaio Carmona, Marcelo Dolabela. Belo Horizonte, MG: Quixote + Do Editoras Associadas, 2020. 577 p. ISBN 978-85—66236-64—2 Ex. biblioteca de Antonio Miranda
Refrão
pode ir para a casa
aprender
se você não sabe
que o amor
é assim
que o amor
é assim
sem saber
Fio
sábio
o que define em sílabas
e pontos finais
símio
o que tenta arrancar verdades
em forma de pedras
lapidadas
sábio
o que define em sílabas
e pontos finais
as paisagens
sólido
o que enfrenta de penas em punho
desalinhos
e
arroubos.
simples
o eu inventa com o vento
alegrias
e
estratégias.
cínico
o que recria táticas
como regras
e
mandamentos.
sôfrego
o que passa a limpo
sem rever
cores
e
entrelinhas.
120 bpms em beat de câmera lenta.
alento e profilaxia como desculpa do desacerto.
paixão sem
ferida ou desassossego.
a história, falsa premissa pressa sem pressa na reza
da missa
presentes etéreos se e-mails sem destinatário,
garrafas virtuais
sem rumo, nexo ou sexo.
romantismo de barco a fotonovela sem bússola
e músculo.
só se salva
o que merece
susto e pavio.
o resto
é vida crua, fritando em fio sem capa e limite.
Transposição
recriava o velho chico.
peixes, água, barcos de papel
um dia, do fundo do aquário, canto fino de sereia.
virou carranca.
sorriso para sempre.
*
VEJA e LEIA em outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html
Página publicada em maio de 2024
Página publicada em fevereiro de 2010, logo depois do Verão Poesia de Belo Horizonte, onde Kiko Ferreira se apresentou.
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