Foto: http://flaviooffer.blogspot.com
HELENO ÁLVARES
nasceu em Araxá (MG) no ano de 1960. Tem três livros de poemas publicados (Todos de modo ”independente”): Desordem Contemporânea – três edições: 1998, 2000 e 2002; Observatório Insólito (2004) e 0 Escambau - duas edições no ano de 2010.
CONTATO: helenoalvares@gmail.com
HTTP://facebook.com/heleno.alvares1
FÓRCEPS. Araxá, MG: Coletivo Anfisbena, 2013. 15,5x25 cm. s.p. Inclui poemas de Cássio Amaral, Flávio Offer, Heleno Álvares e L. Rafael Nolli. Capa dura revestida com colagem de folhas de um dicionário pintadas. Edição artesanal. Col. A.M. (EA)
Som do surdo
Leminskaetano na mente sigo a poesia
— escrita sem chave onde me tranco -
livre pra verSaciar meu verso branco
meu verso inverso a este dne-mundo
degustando da carvalheana humorironia
a dose proética num copo sem fundo
arrancando voz da boca de todo mudo
procurando nova forma de harmonia
encontrar o som que se perdeu do surdo
Meu quintal
A galáxia é o meu quintal.
É pra lá que vou
quando acabar esse baixo-astral
pra fazer da lua bola-de-gude
acertando as estrelas
e tudo o mais que por aqui não pude
transar com todas as santas
num beco de saldas tantas
que não exista outro igual
sem gravidade gravitá-las
de cio
engravidá-las
no rio
do orgasmo
num louco desejo carnal.
Sacar que — dentro do contexto espacial
do Universo —
a galáxia nasce lá na cela
da célula cerebral
Página publicada em agosto de 2013
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