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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA MINEIRA

Coordenação de MARCIO ALMEIDA

 


CAMILO LARA

 

 

Nasceu em Itaguara (Minas Gerais ) em 31 de Julho de 1959. Graduado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto. Professor e Coordenador da Seção de Atividades Culturais do CEFET-MG.

 

Integrante do  Grupo  Literário Dazibao de Divinópolis-MG,  desde 1980. Tem trabalhos editados nas publicações literárias do Grupo Dazibao: mural de poesia, suplementos literários, dobraduras literárias, livretos;  no Jornal Inferno de 1998 e 1999, do qual foi um dos organizadores. Participou da organização do Projeto Poesia Orbital (edição de 62 livros de poesia) em  homenagem ao centenário de Belo Horizonte-MG. Editor da Coleção Dazibao e co-editor da  Revista Literária ATO de Minas Gerais. Publicou em 1984, em parceria com Carlos Lopes, o livro de poemas “Prelúdio Penetrável” e publicou, em 1997, em parceria com Adriana Versiani,  o livro “Dentro Passa”. Participa da antologia poética “O achamento de Portugal”, organizada por Wilmar Silva , em junho de 2005.  Co-organizador do Jornal de Poesia & Poética  DEZFACES (2006-2007).  

 

 

  eu)

 

lavo as minhas mãos

lavro as minhas mágoas

lavo as minhas larvas

lavro as minhas palavras

lavo as minhas tranças

lavro o meu silêncio

 

levo o meu adeus

 

_________________________________________

 

 

se subimos

                   ao cume

           ao lado

dos abismos

           temos o direito

de cair

 

______________________________________________

 

 

fuga nº 3

 

 

olhar  sob outro olhar se anula

adensa a vidraça em estilhaço

como um caracol em seu abismo

de sombras e palavras em arremedo.

 

alheio, no silêncio de ouvir estrelas

viver  de apropriação indébita.

 

 ____________________________________________

 

 

o nó Torquato

 

 

poema feito de citações

partidas e chegadas

 

ou melhor: uma palavra

transparente em sua orla

 

vida que esconde outra

um texto: uma insígnia

 

e, no entanto, é preciso.

 

________________________________________________

 

 

degredo

 

 

a duração do dia

se comprime entre os dedos

 

a noite chega

como um pedaço de gelo

 

 

 

________________________________________________

 

 

 

 Troca de Legenda

 

 

Onde se lê

estar dentro,

leia-se silêncio;

e onde se

  lê adentro,

me concentro.

 

 

 

Cravo

 

 

sibila o sol no eco

espanto do dia

 

se instala no horizonte

se revela na retina

 

penumbra voz alheia

de frases submersas nos livros

 

a imagem se consome

centelha de ar nas veias

 

se soubesse a hora

até diria onde depositar

a flor o ácido o lacre

 

 

___________________________________________

 

o

poema

bate na cara

como poema

feitio de oração

 sobras e muralhas

de um nome

 

marca no horizonte

 esfera que não se alinha

 

   o que se disse antes

o que dizer adiante

 

 

 Lavra  # 1

 

 

a lavoura serpenteando a encosta

feixe de afazeres pela frente

 

na sobra dessa colheita

só o brilho da enxada

roçando o sol inevitável

do dia seguinte

 

 

 

 

Resíduo

 

de terra e pedra se faz uma cidade

de portas e janelas  uma casa

 

de discurso se faz um político

da amizade uma cantilena

 

de cultura se faz uma tribo

de palavras um poema

 

do leite derramado uma mancha

de pau a pique um castelo

 

da greve um operário

da ovelha um rebanho

 

de cartas um jogo

de dados um lance

 

do pop se faz um poeta

do abismo uma cela

 

do disco um livro

da anedota um riso

 

da onda uma música

do pincel um quadro

 

das cores um jasper

da gravidade um peso

 

o que cabe nesse resíduo

ninguém disse o que continha.

        ____________________________________________

 

              Um Livro

 

 

             a palavra inicial

             observa a tarde

             recolhe as vírgulas

             sussurra ao pé do ouvido

 

             a palavra inicial

             encara o verbo

             atinge a interrogação

             manda bilhete para o amigo

 

             a palavra inicial

             é datada

             revira

             como pode se virar

 

 

____________________________________________

 

 

Festival

 

 

o ruído será sempre

o ruído de sempre

 

o ruído é mensagem

o ruído é linguagem

 

o ruído ressoa dentro

da sala do disco do livro

 

o ruído  de todos

é ouvido por poucos

 

o ruído ecoa dentro

do silêncio em movimento

 

 

 

 

Página publicada em março de 2008  

 

 


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