CAIO JUNQUEIRA MACIEL
Luiz Carlos Junqueira Maciel é mestre em Literatura Brasileira pela UFMG. Editor e professor; autor da série Cadernos de Literatura Comentada; professor convidado dos programas da Rede Minas; professor de cursos pré-vestibular da Biblioteca Pública de Minas Gerais. Ensaísta e poeta (com o pseudônimo de Caio Junqueira Maciel), autor dos livros de poemas: Era uma voz: sonetos só pra netos; Doismaisdoido é igual ao vento; Felizes os convidados; Sonetos dissonantes.
Orgulha-se de ter escrito uma dissertação de mestrado sobre a poesia de Dantas Motas, para a Faculdade de Letras da UFMG. Tem parcerias em CDs com Newton Maciel Ribeiro (Parceiros do tempo) e Zebeto Corrêa (O outrolado da noite, Soneto só pra netos, Trilhas da Literatura Brasileira e o inédito Recados de Minas).
IRA DOS CINQUENT´ANOS
Eis que os cinqüenta anos enfim chegaram...
cegaram-se os sonhos que a cigarra
da juventude, em sua algazarra,
cantava inquietações que formigaram...
E perguntamos: onde foi parar
o que falamos pelos cotovelos
se a nau insensata dos pesadelos
insaciada, desiste de ancorar...
E perscrutamos, porra, e agora,
onde é que fica a gente nisso tudo,
ou é só pegar o boné e ir embora?!
Depois de tanto porre, amor e estudo,
cinqüenta enigmas nos vêm à mente:
onde é que foi para o antigamente?
Folhinha Poética – 2012:
O ASSASSONHO
Assim como o assassino
merece punição
pelo crime tão medonho
há também o assassonho:
não deixa sangue na fronha
destrói suas fantasias
acha que o reles real
vai encher as vidas vazias.
Entupindo-se de realidade
ele se torna estúpido
e explode num estampido
os sonhos que tem vivido.
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Página publicada em novembro de 2023
Extraído de POETAS EM/CENA2: Reunião de poemas de poetas brasileiros no I Belô Poético. Belo Horizonte: Belô Poético Produções Artísticas e Literárias, 2008. Editor: Rogério Salgado e Virgilene Araújo.
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