BIANKA DE ANDRADE
Natural de Desterro de Entre Rios, Minas Gerais. Nasceu em 18 de setembro de 1985. É grduada em Letras e mestranda em Teoria Literária pela FAL;UFMG.
ANDRADE, Bianka de. Desejada dor. Belo Horizonte: Anome Livros, 2013. 96 p. (Coleção AATOPIAA, v. 5) 20x20 cm. ISBN 978-85-98378-78-7 Orelha do livro por Adriano Menezes.Apresentação por Georg Otto. Col. A.M.
Eu (:) rio
Eu: rio de dor.
Eu rio da dor
persistente,
perspicaz,
penetrante.
Eu rio da dor.
Eu: rio de dor
consciente,
cos+]tumaz,
cortante.
Companheiro sagaz
esse absinto amargor.
Companheiro insistente
esse rio de dor.
Eu rio da dor.
Bumerangue
As palavras,
lancei-as
ao mundo.
O vento,
agressivo,
trouxe-os
de volta.
Me golpearam!
CONTRASTE DA AMÉRICA: antologia de poesia brasileira. Organizador Djami Sezostre. São Paulo, SP: Editora Laranja Original, 2022. 189 p. ISBN 978-65-86042-40-5.
Ex. biibl. Antonio Miranda
A PARTIDA
Ora Circe,
ora Penélope.
Penélope, mas Circe.
Circe, portanto Penélope.
Penélope quando Circe.
Circe, embora Penélope.
Circe ou Penélope.
Penélope e Circe,
Nem Penélope,
nem Circe.
SONS DE SINOS
Sinos silvam e anunciam
a Páscoa.
Sinos sibilam e ressusciatam
o Senhor.
Sinos assoviam e salvam
o Fausto.
Sinos soam e pressagiam
sentimentos.
Sinos sopram e sugerem
reminiscências.
Sinos ressoam e inspiram
sorrisos.
Sinos perseveram...
Sensações insistem...
Satisfações persistem...
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Página ampliada e republicada em julho de 2023
Página publicada em junho de 2013
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