FOTO extraída de http://nosdapoesia.blogspot.com/
AVELIN ROSANA
AVELIN ROSANA ROLIM CORREIA DE OLIVEIRA
Filha de mãe pernambucana e de pai paulista. Reside em Belo Horizonte. Não informou onde nasceu, mas "se entende como transcultural e cidadã do mundo."
Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo (2011). Trabalhou como professora de Sociologia/educação jovens e adultos - Secretaria de Estado da Educação, palestrante/fundadora - Comitê Mineiro de Apoio a Causa Indígena e conselheira, pesquisadora do Instituto Imersão Latina. Cursou Gestão de Políticas Publica em Gênero e raça-GPP-GER e Formação de Professores em temáticas Indígenas-CUPI. Ambos na UFMG. Cursou Pós graduação em Metodologia do Ensino Religioso.
Palestrante nas temáticas: Educação Indígena nas Escolas, Alfabetização cultural, Direitos Humanos, Gênero e raça.
"Afirmar minha identidade e fortalecer a luta indígena vou contar minha própria história de emergência ou etnogênese.
Venho de uma família de migrantes, o nomadismo no sangue desde as raízes mais ancestrais, mas para não alongar demasiado essa história vou começar a partir de meus pais.Meu pai, filho de pai Tapuio e de uma mãe filha Africanos escravizados cresceu no interior de São Paulo, trabalhando nas lavouras, mas nunca se habituando à vida na roça.
Minha mãe filha de mãe Indígena e pai desconhecido cresceu no sertão Pernambucano, vivendo em grande situação de pobreza." AVELIN ROSANA
NÓS DA POESIA. – volume 2. Org. Brenda Marques Pena. São Paulo: All Print, 2009. 119 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Sobre o transtorno
Quero manchar o papel
Com dor e lágrima
Fúria que alcance o céu!
Quero deixar o meu lamento
Que protesta que rejeita que renega
Seu medo distante e lento.
Não tento mais ser "direito"
Tampouco esquerdo...
Quero me libertar!
O que eu busco
É pra você também, quero polinizar
Liberdade para o nosso bem.
Eu vou voltar pra você meu povo
Com as chaves da prisão.
Você vai ouvir minha voz de novo
E o canto da redenção!
Esperança curativa
De todos que se jugam normais!
Eu não!
De todos que preferem não ousar!
Eu não!
De todos que têm dedo de ser quem é!
Eu não!
De todos que obedecem regras!
Eu não!
De todos que ditam e acreditam assim
Que deve ser!
Eu não!
De todos que fazem da mudança uma dança!
Eu sim!
De todos que desconhecem os passo,
Mas conhecem a música!
De todos que querem a valsa, a vida.
Eu sim!
De todos que aceitam a lágrima e a alegria.
Eu sim!
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Página publicada em dezembro de 2020
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