AROLDO PEREIRA
JOÃO AROLDO PEREIRA (06 de Outubro de 1959) é poeta, ator, compositor, performer e agitador cultural. Nasceu em Coração de Jesus/MG e reside em Montes Claros/MG. Publicou os livros de poesia Canto de Encantar Serpente (1980), Azul Geral (1981), Hai Kai Quem Quer (1984), Amor Inventado: Doces Pérolas Púrpuras (1986), Cinema Bumerangue (1997), Parangolivro (2007), Poetrizka (2016) e as revistas Kathedra e Espaço de Prática Poética. Colaborou com o Jornal de Minas/Suplemento Destaque e o Jornal Novos Pémpos. Participa das antologias Antologia da Moderna Poesia Brasileira (2002); Signopse: Poesia na Virada do Século (1995); Cantaria (2000); O Melhor da Poesia Brasileira -Minas Gerais (2002); Terças Poéticas: Jardins Internos (2006); Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica (2011) e Livro da Tribo (Editora da Tribo - desde 2004). Liderou a banda punk Ataq. Cardíaco. É integrante fundador do Grupo de Literatura e Téatro Transa Poética, que há 36 anos desenvolve um trabalho performático com poesia e criou o Salão Nacional de Poesia Psiu Poético.
Contatos: aroldopereirapoeta@yahoo.com.br
PECADO
a cada instante que você
comete uma loucura
meu amor angustiado
arde nas chamas dos jornais.
TRINTA ANOS-LUZ. Poetas celebram 30 anos de Psiu Poético. Aroldo Pereira, Luis Turiba, Wagner Merije, org. São Paulo: Aquarela Brasileira Livros, 2016. 199 p. 16x23 cm ISBN 978-85-92552-01-5 Ex. bibl. Antonio Miranda
PALAVRAS
o poema
in
cômoda
como 01 cisco no olho
íngua na língua
o verso martela
reverterevela
ressoapessoa
se há poesia
a pedra pousa
e o poema
alça voa
*
minha pátria é a poesia
brinco na corda bamba
bailo entre inferno & céu
tenho dor & tenho dúvida
linguagem invenção & mel
mesmo vivendo triste
sou adepto da alegria
sou poeta não sou réu
*
com gosto de sangue na boca
caminho com a rapaziada
não há rumo nem rima
não há quase nada
só uma vontade
desembestada
de fazer chover
poesia na madrugada
CINQUENTENÁRIO
vivo comigo
há 50 anos
não me entendo
como não entendo
minha poesia
talvez viver
seja isso
essa quase urgência
em nunca saber
viver é moderno
envelhecer é eterno
Página publicada em julho de 2016
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