ANTONIO CARLOS DAYRELL
nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1965, É formado pala Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em Direito. Advogado, pós-graduado em Direito de Empresa pelo Instituto de Educação Continuada da PUC/Minas, foi assessor Jurídico da Associação Comercial de Minas, durante 13 anos.
Seus escritos são de cunho reflexivo e, atualmente, além de poemas, escreve artigos de Direito.
Participou, ainda, do 4° Belo Poético, da antologia "Poetas En/Cena II" e do livro "Folhas Verdes", que integra o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão "A Tela e o Texto", da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Estado de Minas Gerais. Blog: HTTP://antoniodayrell.blogspot.com
De
Antonio Carlos Dayrell
POESIA PARA PARAR 0 TEMPO
Ilustrações de Iara Abreu
Belo Horizonte: edição do autor, 2009
ISBN 978-85-909036-0-4
Confeccionado artesanalmente pelo autor.
Poesia para parar o tempo
Ao ídolo Cazuza, in memoriam
Parei no tempo
para escrever.
Quem disse que
o tempo não pára?
Para mim
simplesmente
não começou...
Solidariedade
Os ouvidos sensíveis escutam mais,
mas é o coração que socorre.
Cinema no Tempo
1936
Em "Tempos Modernos"
Charles Chaplin é o operário que sobrevive
ajustando parafusos na fábrica.
1939
O cowboy John Wayne
luta contra os guerreiros apaches
"No Tempo das Diligências".
1939
Atlanta crepita em chamas
pelo amor de Rhett Butler
e Scarlett O'Hara
em "... E o Vento Levou".
1949
Hedy Lamarr vinga-se de Victor Mature
ceifando a origem da sua força
em "Sansão e Dalila".
1950
Vibram as cordas do piano
enquanto Nat King Cole
compõe para a musa "Mona Lisa".
1952
Precipitam as nuvens
para saudar a estrela de Gene Kelly
"Cantando (e Dançando) na Chuva".
1953
Ondas desnudam a praia de Honolulu
para ver Deborah Kerr e Burt Lancaster
trocarem beijos memoráveis em
"A um Passo da Eternidade".
MELLO, Regina. Antologia de Ouro. Belo Horizonte: Anome Livros, 2010. 136 p. ISBN 978-85-983-78-59-6 Ex. bibl. Antonio Miranda
Maracatu Atômico
Flameja entre todos os continentes a bandeira da
América idolotrada.
Sob o olhar do povo consciente brilha o sonho
da liberdade.
Obama é eleito presidente dos Estados Unidos.
Zumbi. Apartheid. Áfricas e Brasis unem-se na
grande festa da democracia.
Tudo é felicidade. Pelô. Agogô. Quilombolas e
orixás dançam, na terra do Tio Sam,
no ritmo frenético do "maracatu atômico".
Enquanto futebol e carnaval dominam as cidades
dos países emergentes,
guerras e economia ocupam a agenda dos
yanquees do ocidente.
Para vencer as crises e o preconceito
o lema do império beligerante é liderar com
responsabilidade.
Salamaleque príncipe regente do novo
continente.
Página ampliada em novembro de 2020
Página publicada em fevereiro de 2010
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