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Foto: http://www.editoradimensao.com.br  

ANGELA LEITE DE SOUZA

 

Ângela Leite de Souza, mineira de Belo Horizonte, é escritora e ilustradora. Possui dezenas de livros publicados e prêmios recebidos.

Blog da autora: http://www.caleidoscopio.art.br/angelaleite/

 

SOUZA, Angela Leite de.  Estas muitas Minas.  Desenhos de Carlos Scliar.  Rio de Janeiro: Editora Record, 1998.  81 p. ilus.  ISBN 85-01-05153-5   Composto em tipologia Centaur em corpo 113/19 g/m2 e impresso em papel pólen bold 90 g/m2. Formato 14x21 cm.   Desenhos de Carlos Scliar (capa em cores e em p&b na contracapa, frontispício e numa vinheta). “Prêmio Casa de las Américas” impresso na capa. Col. A.M. 

 

Afundo-me nestes retalhos

perco-me em tantos trabalhos

lavar quarar-engomar

tecer cortar e coser

cascar afogar ferventar...

 

Ai, vida de alinhavos

labuta de brasa e broa

faina agridoce

em fogo brando.

 

Aí, tempo não fosse

bica pingando

cancela que desse

pró amanha.

 

Mas tudo é ferrolho

e picumã.

 

 

*

 

 

Varão

ou donzela

esse

essa

que na sela

montado vai

com tanta galhardia?

O macacão florido

disfarça as formas.

E o falsete

engana o ouvido.

Esse ginete encapuzado

será Estrelo, de Só Aprígio,

será Malhado, de Zé Modesto?

Todos os anos

mesmo mistério.

Todas as vezes

mesmo delírio.

 

 

*

 

 

A4eu desejo

agora:

não ter nenhum desejo

ou antes

ter a gula

de um cantar de galo

fora de hora

só pelo gosto

de despertar

neste peito gasto

alguma aurora.

 

 

Extraído de 

POESIA SEMPRE  - Ano 6 – Número 9  - Rio de Janeiro - Março 1998. Fundação BIBLIOTECA NACIONAL – Departamento Nacional do Livro -  Ministério da Cultura.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

        Colcha de telhados
       
entre montanhas. A via,
        talvez um bordado...

 

 

        Minha vida não tem
       
pressa: ela segue mansa
        como as águas do rio
        Grande, quando é grande
        o estio.

       

        Minha alma não tem
        peia: ela vagueia solta
        nesses campos

        que já foram
        mais gerais.

 

        Meu peito não tem
        pouso: ele vai viajante
        faiscando o gozo
        de um amor
        sem guante.]

 

 

        Aqui vai a encomenda
       
tempos prometida.
        Não mando registrada,
        prefiro a garantia
        deste selo
        que colo com zelo
        e lambida.

 

        Desvenda a caixa
        à maneira bem mineira:
        Minas nunca se entrega
        de primeira.

 

        Vês as cortinas
        nas litorinas?
        As colinas diamantinas?
        As lamparinas
        e as terrinas?
        A pantomima dos negro-minas?
        E essas finas meninas
        opalinas?

 

        Então tens Minas.

 

Página publicada em janeiro de 2013; ampliada em janeiro de 2018


 

 

 
 
 
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