HenA
Literariamente adotado pela Gataria/Patuá.
19/3/1995
De Mariana - MG
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília, até então estudante de economia na UFOP.
Brinco de ser escritor somente porque o único talento que possuo é ser alfabetizado.
Tenho versos publicados na antologia inaugural Patuscada, Antologia do Desejo, 70x Caio, Máscaras, e também na Ruínas, o livro Flor no Peito agrega poemas de todas essas fases.
Talvez publicado na antologia sobre videogames organizada pela Editora Fractal e Editora Patuá.
Talvez publicado na antologia inaugural Crocitar de Lenore, editora Morse.
Talvez publicado em alguma edição da revista O Futuro, fruto da UJC do PCB.
Registro meu apoio às editoras independentes como a Caiaponte, e também à revista Lavoura.
No Brasil atual só vive de literatura quem já morreu.
A face do verso
Não devemos julgar o texto
Pelo olhar de quem escreve
Nós podemos enxergar a alma
Dos que leem
Somente o papel é capaz de ouvir
O que só a tinta da caneta pode expressar
Os sentidos apontados pela mão do escritor
Quando uma forma é estabelecida
A asa da poesia tem de ser podada
E assim é diminuída a distância do seu voo
No entanto fica mais preciso
O destino da sua origem
Não é necessário bater asas
Haja vista
Ao pairar sobre a realidade
Pode ser preservar os pés firmes no solo
Pois assim a mente consegue ir mais longe
Quando eu penso
Logo não desisto
ANTOLOGIA PATUÁ 10 ANOS + Patuscada/ Vários autores. Editor Eduardo Lacerda. Capa de Leonardo Mathias. São Paulo: Editora Patuá, 2021.; 288 p. 13,5 x 21 cm.
ISBN 978-65-5864-191-9 Ex. bibl. Salomão Sousa
O destino de cada um está selado.
Decidamos onde será entregue
Alguns livros iluminam a vista
Que após lê-los não mais tropeça
No que nem sabia que poderia ver
Viver é tecer o tapete
A ser pisado por quem não me viu costurar-lhe
Viver para mim é escrever
AD quem puder ver através do meu olhar
Mesmo após a terra ter corroído meus olhos
O Dostoiévski
Esse que leio ao recordas da casa dos mortos
Teve de comer o pão amassado pelo diabo
Para que assim meu espírito fosse saciado
Pela penúria por ele vivida
A verdadeira caridade
É o estabelecimento de uma ordem social
Na qual ninguém precise de salvação
A caminhada social é paradoxal
Seguimos os que estão atrás de nós
Seguir os que estão atrás de mim
Foi reconhecer que se posso ver além
É porque primeiramente olho para trás
Se você trabalha para si
Então irá desfrutar de uma satisfação singular
Todavia
Caso você se empenhe tendo em vista a humanidade
Não haverá como não sentir uma alegria inumerável
A estrada na qual caminho
Foi aberta pele pegada dos que me antecederam
Já a motivação pela qual caminho
Reside na expectativa
De que meus sucessores tenham pega
Almejo tornar-me um servo intransitivo
Servirei intransitivamente
Aos gratos em si.
*
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Página publicada em dezembro de 2021
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