Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JANET I. ZIMMERMANN

 

Janet Izabel Zimmermann [jiz] é natural de Catuípe (RS) e reside, desde 1980, em Campo Grande (MS). É calígrafa, poeta e colunista. Publica no jornal Horizonte MS, em O Pensador e em vários sites de poesia. Administra o blog VersosVERDES, participa da hashtag literária #Letras365 desde 05/02/2011 e fez parte dos 61 escritores convidados para a primeira Mostra #Tuiteratura (Sesc Santo Amaro- SP), ambas de Giselle Zamboni. Participou do 1º Sarau Literário via Twitter no Brasil. Teve seu poema ‘Caldo Orgânico’ selecionado para a revista Gente de Palavra (nº 20). Asas de Jiz é seu primeiro rebento.

“Ler os poemas de Janet Zimmermann é desamarrotar as asas... enlaçar as tuas às Asas de Jiz, desvendo o mundo como diria também seu Mestre, Manoel de Barros, para navegar no tapete mágico rasante rumo à linha do horizonte, da natureza na sua crueza bela, na sua concretude etérea, na sua singeleza lapidada, no amalgamado de matérias e sentidos que nos fazem a todos, corpos e almas, poros e mentes, pele e asas, sim, asas, asas de romper fronteiras engrossadas pelo tempo e permitirem a chegada amena, doce, ao pouso leve de nossas criações, criaturas indeléveis afeitas à beleza. Lindos poemas, são alimento, são água de banhar e benzer, são vento de flanar e são terra de brotar." Giselle Zamboni (Advogada e Promotora Cultural)

 

ZIMMERMANN, Janet IAsas de Jiz.  Campo Grande, MS: Life Editora, 2013.  272 p.  15x21 cm.   ISBN 978-85-8150-132-1   Ilustrações, capa e miolo: Luiza Bozola.  “ JanetIzabel Zimmermann “  Ex. bibl. Antonio Miranda


 

três anjos em mim

 

                    Para Manoel de Barros -1

 

Em verdade eu já as amava

desde a infância primeira,

mas aprendi com Quintana e Jobim

a lisonjear as aves do sem fim,

e muito mais as amei..

E, debruçada nos poemas de Barros

e em completo estado de criança,

aprendi e tomei gosto na lida

de capturar as graças do anil abismo

[sem relar nas penas coloridas]

e reinventá-las nas folhas mortas,

em mentiras leves, em palavras tortas,

em meio aos galhos do campo e aromas nativos,

para depois libertá-las no dilatado jardim,

aos olhos de sol, de chuva, lua

e jabuticaba...

 

 

 

avessando

 

avesso meu lado bê.

reviro meu tempo bom.

deito

e

rolo

com a felicidade.

espelho

no pedaço trincado,

sobras de batom.

espalho-me no assoalho lustrado

com as velhas cinco marias,

as filhas do abandono.

renovo a esperança:

dou corda à bailarina.

 

devolvo o filme sem chorar...

 

 

a cisma da coruja de óculos

 

na quietude

da noite singular

a natureza morta

carcomia

seus próprios contornos

causando efeito de

decomposição natural

 

minha ave notívaga

via a via sofrida e surreal,

como um dia.

 

 

enredando liberdade

 

tiro a alma da janela

tiro a roupa da alma

dispo-me de tudo o que enrosque

minha trama com ela

arredo tudo das vistas

pra dar atenção à real visita

enxugo os olhos d'àgua

deixo livre a pista

só não tiro a cama do caminho

que é pra poesia deitar, rolar

e soltar toda a gana rouca

do canto preso na gaiola pouca

 

 

Página publicada em julho de 2014

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar