CARLOS DJANDRE ROLIM
Autor de “Poemas Inomináveis”, Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira 1997. E do livro seguinte:
De
idioma de dálias
Campo Grande, MS: Solivros, 2001
Estou pássaros,
flores
estou rosas e mares
Estou simples...
*
Na delícia de esperar-te
o que há em mim
obedece
sofre
anda por ser bicho
contém-se por pousar
no envelhecido atalho da espera.
*
Os meus secos becos
tem cor de arvoredos;
Anjos mudos
Céus deliciosos, desnudos...
Ventos que caminham nas réstias frias
de meus ninhos...
Há funerais povoados de breus;
Sóis nas palmas da terra
(E nós... totalmente sós...)
*
De que cor manchada serão os meus
dias de amanhã?
Estarei eu sentado nas tardes
(morrendo... procurando um cheiro de ontem)
Estarei só como bem me conheço
Nada mal! Estarei repleto de mim.
*
Fases chegam a mim,
como dias melancólicos
como alguém fuso de lua
aberto de calendário.
Página publicada em fevereiro de 2009
|