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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: escola-municipal-professor-aldo-de-queiroz

 

ALDO QUEIROZ

 

Poeta, professor, advogado, político e escritor. Nasceu em 23 de agosto de 1.934 em Paranaíba, Estado de Mato Grosso do Sul e faleceu em 27 de dezembro de l .986 em São Paulo.

Ocupou vários cargos públicos: Vice-Prefeito do município de Selvíria, Diretor de Departamento faleceu em 27 de dezembro de l 986 em São Paulo da Prefeitura de Três Lagoas, Assessor Especial de Bancada junto à Assembleia Legislativa, responsável pela comissão especial que trabalhou na redação final da constituinte do Estado de Mato Grosso do Sul, Coordenador de Apoio Técnico da Casa Civil, Assessor Parlamentar no Senado Federal junto ao Senador Marcelo Miranda Soares, Assessor Especial do Governador nas gestões Wilson Barbosa Martins e Ramez Tebet.

Todavia, colaborou ainda em vários órgãos da imprensa de Mato Grosso do Sul, na qualidade de redator e dirigente, onde criou e dirigiu a revista "O Bolão" com Sede no município de Três Lagoas.

A passagem de Aldo de Queiroz por várias cidades sul-mato-grossenses foi marcada por trabalho, dedicação, otimismo, muita inteligência e capacidade.

 

 

FERREIRA, Sônia.  Chuva de poesias, cores e notas no Brasil Central – história através da arte.  2ª. edição revista e melhorada.  Goiânia: Kelps, 2007.  294 p.  ilus. col.         (antologia de poemas de autores do CECULCO – Centro de Cultura da Região do Centro-Oeste)   Ex. bibl. Antonio Miranda


 

O   C A R R E I R O

 

 

No sertão imenso, sem porteiras,
Numa estrada vesga, carreteira,
Canta e geme o carro-de-bois.

 

Na frente, pés descalços, um menino;
E o candieiro pequenino
Que, na roça, criança não foi.

 

Vez por outra uma voz de comando:
— Fasta Brioso, vem Pantaneiro!

 

É a chama do progresso andando
Pelas mãos de um herói: O Carreiro.

 


REVISTA DA ACADEMIA SUL-MATO-GROSSENSE DE LETRAS.  No. 9.    Setembro de 2005. Campo Grande, MS; 2005.  96 p.

                                                     Ex. bibl. Antonio Miranda

            

À professora anônima

 

A neve do tempo inexorável
tingiu de um branco respeitável
a basta cabeleira que a adorna.

Já se apagou no tempo a figura
da jovem da festa de formatura...
Quantos anos... Alunos... Quem informa?

 

– Abençoa, Senhor, tão nobre mister
que importa padecer mil revezes

e que vale por ser mãe tantas vezes

numa existência apenas de mulher.

 

 **

 Apenas flores

Só na distância é que se tem valia
de quanto unidos nos fizera um dia
o bom Destino – o que olvidamos sempre...

Então na ausência que me impõe a sorte
ressurge em mim aquele elã mais forte
e que mais se impõe quanto mais me ausente.

Mas no retorno, por que tanto anseio,
me assoma o peito tal matiz d’amores

que me embarga a voz e chorar receio.
– Sorrindo apenas te ofereço flores.

 

**

              O meu balão

Quando pequeno
fui ver soltar balão.
Não pude compreender,
nem me explicaram bem,
como aquela chama fazia o balão subir.

E os anos se passaram
e nunca fiz o meu balão.

Então um dia me disseram:
Cuida da tua chama,
que ela te trouxe até aqui.

Aí senti que me queimava
e um calor que abrasava...
E compreendi o meu balão.

 

**

 O buriti

O cerrado estaca brusco, em fileiras,
como se fora enorme infantaria
e contorna, respeitoso, a cabeceira
que se estende em verde tapeçaria.

Na vargem verde-escura uma palmeira
a solidão e o tempo desafia,
É o nosso buriti. À sua beira
‘té mesmo a própria fúria silencia.

Qual profeta ou monge ou santo concita,
da mansidão do verde em que habita,
retorno à paz e ao amor que o gerou.

É ponto de exclamação que a bendita
mão do Demiurgo deixou na escrita
co’a qual no Livro a Obra registrou.


**

Pequeno esmoler

Ao vê-la assim, pobre criança,
órfã da própria infância
que com o tempo se esvai...

Ao vê-la assim quase nua,
anunciando pela rua
a desgraça dos próprios pais...

Um sorriso me sai mansinho
disfarçando imo sofrer

de um choro, por dentro, baixinho
que os olhos não podem ver.

 

**

Paranaíba

Cidade símbolo, cujo ar, vetusto
sugere a imagem de um varão augusto
que ganhou na luta o laurel final.

Testemunho vivo da nossa História!
Relicário eterno de tantas glórias!
Dos sertanistas ontem o bom fanal.

Colmeia humana onde o seu passado
sempre foi calor de um valor seguro

na fusão lenta de um presente amado
a forjar as marcas do seu futuro.

 

               (COM OS PÉS NA TERRA...)

*

Página ampliada e republicada em abril de 2023

 

 

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019


 

 

 
 
 
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