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WELITON CARVALHO

WELITON CARVALHO  

Weliton Carvalho é Professor Adjunto da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Maranhão. Especialista, Mestre e Doutor em Direito Público. Já publicou os seguintes livros de poesia: Travessia sem fim [São Luís (MA): Edição do autor, 1999]. Em seguida publicou em São Luís, todos pela Editora Sotaque Norte, os seguintes títulos: Descobrimento do explícito (2000), Sustos do silêncio (2001), Tempo em conserva (2006) e Geometria do Lúdico (2008).
Publicou em 2009, o livro infantil: Pés no chão, cabeça nas nuvens. Imperatriz (MA): Editora Ática, 2009. 
  

   

NOTURNO 

Silêncio. Façamos silêncio:
um mergulho profundo
no silêncio infinito. 

Silêncio. Façamos silêncio:
deixemos apenas o vento
varrer, devagar, as folhas. 

Silêncio. Façamos silêncio:
deixemos apenas os lagos
e manhãs em mansidão. 

Silêncio. Façamos silêncio:
tentemos ir além do silêncio
e talvez encontremos Chopin.

 

 CARTA EM RESPOSTA A RILKE 

Não seria impossível deixar de escrever ou ler poesia 

Mas como suportar o sol, o mar, as nuvens e as estrelas
como sendo apenas o sol, o mar, as nuvens e as estrelas? 

 

 O QUE IMPORTA O MUNDO? 

São sonhos, lembranças,
manhãs e tardes que se apagam. 

Somente as coisas fluidas morrem:
o beijo, o abraço, um ingênuo roçar de mãos,
o exato instante do olhar apaixonado pela vida. 

Mas as coisas concretas não morrem:
o mundo continua a girar (...) 

E o que me importa?
A morte é uma dor muito maior que o mundo. 

 

ALÉM-RAZÃO 

Alguma coisa me arrasta para o poema
como uma flor que quer nascer por teimosia
como o impulso involuntário do desejo
do arrebatado e inconseqüente amor. 

 

ANDALUZIA 

Na Andaluzia
os homens sonham

                              o vórtice

                                            de indizível beleza.

 São mosaicos mouros em enigma
tentando desvendar a sensualidade
que traspassa os gestos para se fixar
nos olhos de um povo. 

Homens e mulheres dançam
um balé de cores e desejos. 

Na Andaluzia,
o desejo move o tempo
e faz girar toda Espanha. 

Na Andaluzia,
cada cor é um arco-íris
bailando na imaginação do tempo.

 

MENINO DURANTE SEPULTAMENTO

 - Por que essas tumbas são grandiosas, pai?

- A morte é onipotente, filho.

- E por que aquelas são humildes, pai?

- A morte não tem vaidades, filho.

 

 LIÇÃO DIÁRIA 

Por sobre o tempo
                     as mesmas nuvens
                                      lapidam esculturas
                                          tendo ao fundo
                                  diversas tonalidades de azul. 

As nuvens trabalham o branco
                              esculpindo pássaros voláteis
                                       que além de voar
                                     ficam parados no ar. 

Elefantes inteiros se postam em flocos
                                                             durante a manhã. 

As nuvens são leves
                        no seu desenhar:
                        são figuras humanas,
                        cavalo-marinho
                        acompanhando
                                   o vento no seu deslocar.

 Trabalhando o branco,
                        as nuvens ensinam
                                                    o balé das formas. 

As nuvens bailando
                      em branco constante
                       dizem aos homens
                          que o cotidiano
           não precisa ser esse embrutecer.                              

                             

LAVADEIRA 

Naquele sol escaldante,
naquele trabalho estafante,
a lavadeira cantava e sorria
sem nenhum motivo aparente:
apenas o anil brilhante
                           vazava entre seus dedos 

      

 

Página publicada em junho de 2010

 
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