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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PAULO FURTADO

 

 

Paulo Henrique dos Santos Furtado nasceu em Cajari - Maranhão-Brasll, em 30 de setembro de 1973. Aos quinze anos de idade rumou para São Luís, a capltal do Estado, objetivando estudar. Trabalhou como Técnico em Patologia Clínica

durante 17 anos. Depois formou-se em Direito, com  pós-graduação  em  Processo  Civil, abandonando a área laboratorial para advogar e ser professor universitário. De temperamento inquieto, começou a escrever pra valer aos 38 anos, cadastrando-se no site Recanto das Letras com o pseudônimo de Paulo Bintim.

Publica alguns textos e rapidamente foi encontrado pelo editor Gilberto Martins, que coordena o curso Palavra e Arte. Desta forma, Paulo publica cinco contos numa coletânea de 11 autores. Posteriormente, teve duas poesias publicadas na V Coletânea Século XXI. de Volta Redonda-RJ, Obra do Editor Jean Carlos Gomes, uma Homenagem ao Escritor Gilberto Mendonça Teles. Atualmente reside em São Luís alimentando a 'possibilidade' da sobreviver brincando de escrever.

 


FURTADO, Paulo.  Brincando de escrever com poesia a você. Lisboa: Chiado Editorial, 2015.  234 p.  14x22 cm.  Capa: Prasad Silva.  ISBN 978-989-51-2606-4  “ Paulo Furtado “  Ex. bibl. Antonio Miranda


 

De minha Aldeia a Fernando Pessoa

 

Te imito na forma de datar o que escrevo

Mas não me pareço contigo na vontade e na hora de morrer

Fabricaste muito e em pouco tempo

Como quem apresenta monografia-vida em poucos minutos

quando dispunha de muitos para consertar e brilhar contudo

Te imito na vontade de escrever pra variar

Mas me distancio no potencial de criar

Tu eras português de Lisboa

Eu um pequeno versador de Cajari

Sou só uma pessoa: Paulo, Paulinho, Benteco, Bintim ou Tintim

E tu Pessoa combinado com Fernando, nome de Antônio Santo

Teus irmãos? Ricardo Alberto Álvaro Bernardo

E os clandestinos que não vos conheço...

Os meus? Laura, Ana, João, Isabel, Ido, Raquel

E os que não sei cria-Los...

Não sei descreve-Los. Não vos conheço

E no meu escrito não acredito

Por vezes nem respeito, sequer aceito

Por isso sofro, morre o Poema

Mas nasce a Preguiça

Que anima e dá tempo ao dilema

Que pede licença e clemência a morte

Que não produz ou produz pouco.

Que não anda e não morre!

 

Aldeia, Grande Recife, dentro da Mata Atlântica, Quarta-feira de

cinzas, nove e vinte da noite, 13/02/2013.

 

 

CROATA

 

Quando começa a chover o Tempo volta.
 O clima que não muda, entorta.
A sensação térmica é de inverno

A temperatura esfria, atrai melancolia

Pingos na telha, rede de lona branca, relâmpagos

Lençol com estampa, barquinho de papel, bandeirinha, porfia

Frio no final de tarde e um desejo que o Tempo retroaja

Falta luz elétrica, lamparina a querosene se acende. Peixe a granel

E tinha o Chifre de Ouro, o famoso bordel!

Mas o chifre não era apenas o então depravado

No Croatá, era a nossa riqueza, um rico gado

Laçado e vaqueirado para o nosso perfeito cercado

Me lembro de um dia debaixo da árvore:

Fábio, Carrinho, Chiquinho, Cláudio, Xandico, Alberto, André

Iomar, Rogério, lonaldo. Eu e cada um dentro da sua fé...

Terra de Gentes boas com sorriso verdadeiro

Alexandre, o grande vaqueiro!

Homem ordeiro, assim herdeiro!

Daquele lugar aprazível onde ainda reluz um Anjo mensageiro

Sinto o gosto daquelas madrugadas trepado no grande curral

Leite Mugido! E não devia ser fervido?

Sei lá, continuo com intolerância a lactose

Pela Natureza, um protegido, nunca morrerei de overdose

A Poesia, Biotônico Fontoura desde aquelas férias

Quando esperava o copo encher direto da teta
Bebia tudo, até a espuma, sem nenhuma etiqueta
Ganhava assim força e um dia todo pra virar 'capeta'...


          Um destes capetas: meu amigo Fábio Câmara resolveu
          fazer jus ao seu sobrenome. É da Câmara de Vereadores de
          São Luís do Maranhão, um amigo guerreiro que pensa em ser
          prefeito...

04 de novembro de 2013

 

CATRAIO SOLITÁRIO

 

O casal de Bem-te-vis não canta

Estão como eu

Entristecido na varanda...

Um casal de marrecos também anda

Um catraio solitário num final de tarde amarelo,

Lindo quando avistado na curva do Banguelo

Agora o Sol amolda-se à minha visão

Dá uma confusão

Uma vontade de acalentá-la naquele caixão

A mim não cabe a obrigação

Daqui em diante Ela Pó

Mas não está só

Introduziram-na no Ministério maior

Minha cabeça dá um nó

Ai que dor                               

Ai que dó

 

Mais dedicatória Maria Cachoeira

04 de dezembro de 2013

 

 

QUEM CURA É DOUTOR

 

Quando era criança as doenças eram tratadas por Mamãe:

Pílula Contra Estupor e não sei de quem eram a favor

Padrax era pra vermes, mas na verdade era apenas pro

Ascaris lumbricoides, lombrigas que saiam inteirinhas

Cobrinhas dançando naquela Lua repentina

Mas dias antes, Extraio Hepático ou Elixir Paregórico

Óbvio

 

Para o meu detonado fígado

E pra curar infecção que dava febre alta: - Ambra Sinto

Emulsão Scoti e Biotônico Fontoura era pra ficar forte

Pra prisão de ventre, Magnésia que me dava diarreia

Mas o que mais gostava era de tomar Cobavital com Poliplex

E quando o assunto era grave de tirar o sossego

Só havia um desfecho

Entrar em algum bar e o Doutor achar

Só de calção azul prescrevia em nossa casa sem nenhuma

rejeição

Auscultava seu par, o paciente Zé Pereira precisando de

extrema unção

E ainda assim receitava com todo seu respaldo de comiserado

Com seringa de vidro, Santana de meu irmão Chico Dória

Decadron aplicava

Era o único Anjo que fazia meu Tio infeliz dormir sossegado

A Dr. Chagas, que era médico pediatra

Agradeço

Rezo

Pelas noites que fez reinar a paz lá em casa.
Sou criança, sou adulto, sou velho, sou paciente
Confesso..

 

Portal da Lagoa, 06 de março de 2013
            Dia em que meu Tio Zé Pereira faria 83 anos...

 

Página publicada em março de 2015


 

 

 
 
 
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