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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

MARIA DE NAZARETH MATTOS DE SOUSA

 

Nasceu em Timon, Maranhão.
Dedica-se à poesia e à pintura.
Residência em Brasília, Distrito Federal.

 

 

DEZ ANOS DE POESIA E UNIÃO. ANTOLOGIA 1988.  Brasília: Casa do Poeta Brasileiro – Poebrás – Seção de Brasília, 1988.  226 p.  15,5x22,5 cm.         Capa: pintura de Marlene Godoy Barreiros.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 CANÇÃO DA SAUDADE

 

É sempre grata uma recordação
Acalentando a angústia de sofrer,
Porque saudade és tu, doce canção,


Mesmo ferindo, me fazes viver!

Mergulho o ser em todos desencantos,
Tentando em vão recompor um passado...
E só de vê-lo me debulho em prantos,
Porque, saudade, sinto-te ao meu lado!

 

Tento fugir pra não sorver da taça
Gotas de tédio que o cristal disfarça,
Num mundo envolto de recordações..

.

E ao declinar-me, presa ao seu encanto,
Estonteante de alegria eu canto
Ária vivida em notas de emoções...

 

 

 

 

INTROSPECÇÃO

 

Toda ilusão que morre renasce na saudade,
E como um pôr-de-sol luzindo nossas dores.
Na fuga que se busca, amarga ansiedade,
A voz fez-se em silêncio, rompendo dissabores.

 

Oh! voz, oh! força, oh! luz, em gritos estremeço
Titãs dentro de mim invocam quem sou eu.
Testemunhando quero vencer, porque padeço,
Por que desconheci um mundo que é tão meu?

 

E agora? Todo meu ser se arvora, misterioso, alado!
Buscando um só sentido em tudo que é negado
E encontro na verdade o anseio de viver.

 

Os meros desencantos, encantos são agora,
Rompendo o véu de maya, resplandescendo aurora
Convívio do que eu sou, no eterno alvorecer...

 

 

 

 

EGOCÊNTRICO

 

Figura incauta do querer sedento,
Buscas em tudo o teu real prazer.
Ouvir além, pra ti, é um tormento
Teu egoísmo a posse em tudo vê.

 

Julgas amar, mas só te apreende ao ser
Na absorção total e objetiva,
Submissão tu dás, eu quero crer...
Amor, jamais, a quem te for cativa!

 

Assim tu segues, feliz, indiferente...
Tu existes, sim, eis tudo, unicamente
Reconcentraste tudo ao ego satisfeito.
Amar é dar, viver é ter direito!

Agora... resta ao mito se despedaçar...
Safaste a ti, até tudo esquecer.
Vertiginosamente tu te vês rolar
Na indagação constante: como irei viver?

 

 

 

 

REENCONTRO

 

Olha os teus vales sombrios!
Onde a tarde do teu pranto
Emudeceu tua dor...
Ela é filha do silêncio!
Todo um delírio secreto
Que transmudou teu amor.

Vê? Olha que verde o teu vale!
O vale que te fez ver
Matizes, polaridades,
Do ego e divino Ser.

 

 

 

 

SUBLIMAÇÃO

 

Que é das cores que embalaram tantos sonhos
Que em criança me fizeram até viver?
Que é da vida, essa aurora tão risonha?
Pois em minh'alma só existe o entardecer?

 

Agora eu sorvo da saudade toda a taça,
Simbolizando esse amor que eu não vivi.
E, em devaneios mergulhada, tudo passa...
Sem defrontar-me agora a mim que já perdi.

 

Inconsequente, em mil erros mergulhei...
Afirmações de um mundo louco assim criado,
Mas nessa dor feita verdade te encontrei
E pela vida, reconheço, fui chamado!

 

Testemunhando duras lutas transmutei
Os desenganos de um amor assim negado,
Reconhecendo a causa inútil a que lutei,
Abençoei o dia que me foi chegado!

 

 

 

 

 

 

Página publicada em outubro de 2020.

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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