| Foto:  https://imirante.com     LENITA ESTRELA DE SÁ      LENITA  ESTRELA DE SÁ nasceu em São Luís, a 15 de dezembro de 1961. Faz o 2º. período  de Direito na UFMA, e já publicou Reflexos (poesia) e Ana do Maranhão (teatro). E detentora dos seguintes prêmios: 2º.  lugar no Concurso Maranhense de Folclore (FUNC/MARATUR, 1977) ; 2º. lugar na  Maratona Escolar sobre o romance de EricoVeríssimo (CEF, 1977); 1º. lugar  (âmbito estadual) na Maratona Escolar sobre a obra romanesca de José Lins do  Rego (CEF, 1980), e 5º. lugar nacional desse certame; 1º. lugar no II Concurso  de Textos Teatrais da UFMA (1979); 1º;  lugar no III Concurso de Textos Teatrais da  UFMA (1980), Em 1981 foi premiada no XV Encontro Nacional de Escritores  (categoria teatro), realizado em Brasília. Com "Maria do sol  nascente" recebeu Menção Honrosa no II Festival Universitário de Poesia  Falada.   Biografia  mais recente:     Filha de Cecílio Sá, marceneiro e teatrólogo, responsável pela criação  do Teatro Amador no Maranhão. Graduou-se em Direito e Letras, com pós-graduação  em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas Materna e Estrangeira. É servidora  do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, na função de analista judiciário. Começou a escrever muito jovem. Perto dos 15 anos, estimulada por um  encontro com Josué Montelo,  publica seu primeiro artigo no jornal O Imparcial, intitulado Alcântara  na Festa do Divino. Seu primeiro livro de poesia, chamado Reflexo,  foi lançado quando tinha 17 anos. A peça Ana do Maranhão foi  escrita aos 19 anos, baseando-se em obra do historiador maranhense Jerônimo de Viveiros,  tendo sido relançada em 2012. Escreveu também vários textos para o público  infantil, como A Filha de Pai Francisco’’ e A Largatinha  Crisencrise. O livro de poemas Pincelada de Dali e Outros Poemas foi  prefaciado por Ferreira Gullar,  enquanto Antídoto, também de poesias e publicado em 2017 pela  Editora Sete Letras, possui apresentação do poeta Salgado Maranhão.  Em 2018, pela mesma editora, publica Brasas Ardentes nas Pontas dos  Dedos, livro com 14 contos. Foi incluída por Rubens Jardim na Antologia As Mulheres  Poetas na Literatura Brasileira e seu nome é citado no Dicionário Crítico de  Escritoras Brasileiras, de Nelly Novaes Coelho.  Possui contos e poemas publicados em diversas antologias e revistas. Vive e trabalha em São Luís.   Livros  Publicados 1979 – Reflexo: poesia; 1980 – Ana  do Maranhão – teatro; 1988 – Do Palco  à Paixão: Cecílio Sá, 50 anos de teatro – pesquisa; 1995 – A  Filha de Pai Francisco: bumba meu boi para crianças;2005 – A  Largatinha Crisencrise 2010 – Cinderela de Berlim e  Outras Histórias; 2015 – Pincelada de Dali e Outros  Poemas;2015 – A Estrelinha Aparecida; 2016   A Infeliz Perpetinha de Alto Alegre – roteiro; 2017 – Catarina  Mina; 2017 – Antídoto; 2018 – Brasas  Ardentes nas Pontas dos Dedos. Fonte da biografia: wikipedia    NOVOS POETAS DO MARANHÃO.  São Luís: Edições UFMA, 1981.  79 p     ilus   15 x 22 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda     MARIA DO SOL  NASCENTE   Uma  mulher como algumas poucas. Gerava  projetos do tamanho do mundo e  um íntimo medo de artrópodes milenares: baratas,  aranhas etc. Mas  sabia de cor uma cantiga: a  do cume das horas vivas quando  o ser recosturado chega  ao mais fundo possível sangrando  ânsia de infinito. Na  manhã de 14 de junho â  pia de seu batismo recebeu  do tio um talismã (uma  medalha dourada do Santo de Riba do Mar) que  empunhava tão logo sentisse  um cheiro sacana de  desagravo iminente" (foi  só como aprendeu o segredo da grande teia sem  esforços consideráveis sem  aventuras alhures na  calada tagarela da noite).Maria seguia uma trilha
 Maria  fincava as estacas Maria  se desfazia. Um  tipo franzino. Ninguém  lançava suspeita ã  sua natureza de engenho sim,  porque jamais tal criatura se  esquivou à moenda da vida para  dar bagaço e garapa. Maria  plantava na chuva a  qualquer hora do dia. Aí  conheceu um João que  era o contrário dela, não  tinha grandes projetos nem  medo dos tais artrópodes mas  não sabia a cantiga que  só Maria sabia. Fincou,  então, outra estaca ergueu  sem rogar licença na  lama dos caranguejos uma  palafita férrea no  mangue de sua existência, por  ordem das circunstâncias para  vencer a matança forrou  de veludo preto e  terminou o castelo. Todas  as manhãs era  preciso ir sem  deixar rastro.     Página publicada em  setembro de 2019       
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