COELHO NETO
Henrique Maximiano Coelho Neto (Caxias, 21 de fevereiro de 1864 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1934) foi um escritor (cronista, folclorista, romancista, crítico e teatrólogo), político e professor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras onde foi o fundador da Cadeira número 2.1
Foi considerado o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho. Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário.
Nas palavras de Arnaldo Niskier: "A vitória do modernismo se fez como se houvesse necessidade de abater um grande inimigo, no caso, Coelho Neto".
Fonte: wikipedia
TEXTO EM ITALIANO
A MULHER NA POESIA DO BRASIL. Coletânea organizada por Da Costa Santos. Belo Horizonte, MG: Edições “Mantiqueira”, 1948. 291 p. 14x18 cm. Capa de Delfino Filho. “ Da Costa Santos “ Ex. bibl. Antonio Miranda
SER MÃE
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
O coração! Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga, o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra,
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
Coelho Netto
TEXTO EM ITALIANO
Extraído de
MIRAGLIA, Tolentino. Piccola Antologia poetica brasiliana. Versioni. São Paulo: Livraria Nobel, 1955. 164 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
ESSERE MADRE
Esser madre è sdoppiar, fibra per fibra,
Il proprio cuore. È avere, nell’alieno
Labbro che succhia, il piedestal dei seno
Della vita, e l'amor, cantando, vibra.
E la madre quell’angiol che si libra
Sulla cuna che dorme, d'ansia pieno;
È 1'esser temerário e nondimeno
Aver la forza che i mali equilibra.
Bene che madre gode è ben dei figlio,
Specchio nel qual si mira e si trastulla,
Luce che dà alia vita nuovo appiglio.
Essere madre è pianger col sorriso;
Avere un mondo e non avere nulla;
Esser madre è patir nel paradiso.
RAMOS, Clovis. Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses) Estudo e antologia. Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970. 71 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
São dois poemas mimosos
Aquelas pombas tão mansas,
Pousadas no mesmo galho,
Brincando como crianças.
Não ouves os turturinos,
Não ouves os murmurejos
Dessa linguagem das aves,
Dessa linguagem dos beijos?
A brisa embala e perfuma
A tua rede de linho,
E os pirilampos vadios
Cercam de luz o teu ninho...
Estende sobre nós ambos
Essa cortina de flores.
A madrugada não tarda.
Durmamos sonhando amores!
Página publicada em agosto de 2014; ampliada em dezembro de 2015. Ampliada em outubro de 2019
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