Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

CLÓVIS RAMOS

 

Clóvis Pereira Ramos nasceu em Tabatinga, Amazonas, em 20 de novembro de 1922. Poeta, ensaísta, historiador, formado em Direito em 1955, membro da Academia Maranhense de Letras. Autor de muitos livros, desde o primeiro de poesia — Evangelho do Poeta (1913).

 

 

São Luís

I

 

São Luís há sobradões, ermidas

e lembram do passado o tempo nobre,

a beleza sem par, que não se encobre

o silêncio das coisas esquecidas.

 

Pelas ruas estreitas e avenidas,

quanta história de amor! Basta se dobre

uma esquina e, de novo, rico ou pobre,

vibram no coração doces feridas!

 

Ah! tudo em São Luís vira poesia

na saudade que vem, terna saudade,

que nos maltrata e nos aliviar

 

E sonhando um amor, espero, ainda,

rever a terra da felicidade,

que tanto quero, com ternura infinda.

 

II

 

Estou em São Luís e, novamente,

cantarola em meu peito um amor antigo.

Digo num verso comovido e ardente,

tudo o que sinto como meu castigo.

 

Por uma rua enso1arada sigo

e meu pensar, talvez, ninguém pressente.

Ah! meu sonho de amor, que ainda persigo!

Ai! saudade que fere ferozmente!

 

Pelas praças, que flores perfumosas!

O sol as beija como beija as rosas

dos lábios da mulher que se quer bem.

 

São Luís é a cidade da ternura...

Em cada canto um sonho meu perdura,

perdura, em cada canto, o olhar de alguém.

 

 

                                   (In São Luís do Maranhão é Poesia/1922)

 

 

 

Humilde estrebaria

 

Um fenômeno estranho acontecia

nas terras de Judá. Eis que os pastores

ouviram vozes de anjos em louvores

ao pequenino filho de Maria.

 

A noite era de místicos fulgores,

noite serena, noite de poesia.

Sobre as palhas de humilde estrebaria,

dormitava Jesus por entre flores.

 

Uma estrela de brilho nunca visto,

aparecera nessa noite e os Magos

vieram de longe em caravanas de ouro...

 

"Glória a Deus nas alturas!" Glória ao Cristo!

Maria-- Mãe - porém, em pranto e afagos,

temia a sorte do seu filho louro.

 

 

O cego Bartimeu

 

Há poesia em tudo o que é divino.

Nas bodas de Caná como na Ceia.

Embora eu seja um poeta pequenino,

cantar o Deus de Amor minh’alma anseia.

 

Quando Jesus seguia, sol a pino,

de Jericó na estrada - sol e areia - ,

o cego Bartimeu - homem franzino - ,

de ser repreendido não receia.

 

- "ó Filho de Davi, tem piedade!"

Jesus parou. - "Que queres que te faça?"

- "Que eu veja; meu Senhor!" E a claridade

 

do dia iluminou aqueles olhos,

aquele coração cheio de graça,

aquela alma liberta dos escolhos!

 

                                            (Estrela Mansa/1983)

 

 

 Página preparada por Zenilton de Jesus Gayoso Miranda e publicada em setembro de 2008




Voltar a página do Maranhão Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar