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ANTÔNIO MARTINS

ANTÔNIO MARTINS

Antonio Martins de Araujo, Doutor em Letras Vernáculas (Literatura Brasileira) pela UFRJ e professor aposentado de Língua Portuguesa da mesma instituição. Atualmente, o Professor Antonio Martins é a maior autoridade brasileira na obra de Arthur Azevedo. Membro da ABF (Academia Brasileira de Filologia) e da AML (Academia Maranhense de Letras), é ainda Professor do Instituto de Língua Portuguesa, do Liceu Literário Português. Entre suas principais obras é possível mencionar: Arthur Azevedo – a palavra e o riso, Noel Rosa – língua e estilo (em parceria com Castelar de Carvalho) e A herança de João de Barros e outros estudos.. Fonte: www.filologia.org.br 

De
Antônio Martins
chão de tempo
2 ed. São Luis: Editora Instituto Geia, 2005. 154p.
ISBN 85-89786-10-2
Livro de poemas com traduções a treze línguas.



“Antônio Martins não seguiu a moda brasileira, creio que inaugurada por Guilherme de Almeida, de pôr rimas nos haicais, o que vem mobilizando milhares de poetas brasileiros que não se dão conta de que a arte não está em fazer rimar, mas em conseguir a rima adequada e semanticamente eficaz. O autor de Chão de tempo preferiu fugir às rimas que, na verdade, nem existem na poesia japonesa, e com isto construiu momentos belíssimos de poesia, falando do tempo ou, metonimicamente, tratando de maneira epigramática os acontecimentos em processo de transformação, de modo que, no fundo, a pátina do tempo parece sobrepor-se e adquirir maior densidade e poesia”. Gilberto Mendonça Teles

 

Da ilha e o rio

Volta o frio ao rio,
enquanto aureola a ilha
o perene calor.


Viagem

Sobre  fuso horário
o jato veio esgarçando
nuvens e esperanças.

 (JAL, 9.000 pés, novembro 89)


Vazio


Pegadas na areia,
lembranças do que passou
sem novas da amada.

(Rio, dez. 89)


Equador

Noites tais quais dias,
invernos tais quais verões,
órfão de estações.

(Rio, dez. 89)

Do tempo

Quis fazer dos dedos
uma ampulheta, e a areia
escorreu dos dedos.


Do parado tempo

Passaram-se já
dezoito anos, e pareço
não sair daqui.

(São Luis, 1982)


Do urubu

Todo contra o azul
o urubu desenha um ponto-
-de-interrogação.


Provérbio – II

São as carambolas,
ácidas; mas, fatiadas,
fazem-se estrelas.

(Rio, dez. 89)


Da cópula

Espadas embainhadas
reconstroem o amanhã
de novos futuros.


CANÇÃO DO EXÍLIO

Ah mar! ei ave! oh ilha, partilha, repartida,
fletida, sofrida, sentida e consentida,
ilha que se quis  a ilha de São Luis;

se aqui em ti, um triz, eu fui feliz,
a te te digo em mim vives — revives,
´té vir, dia após dia, o dia-dos-dias; e aí,

ao retornar, qual ave, aos altos mastros
de teus barcos plurais;

ao ter de ser eu-mesmo, mesmo sem querer,
tua poeira a esmo, tua tez;

ou as roxas flores de meus torpes humores
retornarem às águas de teus mares bravos;

eu-mar, hei de afagar-te, ah! mar de amar;
eu-ave, hei de mirar-te, ave! oh ave;
eu-ilha, hei de assumir-te, Ilha das ilhas;

e comigo-em-ti, e contigo em mim,
em mar-ave-ilha, redimir-me ao fim.

 

São Luis do Maranhão,
no aniversário de sua fundação.

Página publicada em janeiro de 2010 

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