Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


MANOEL BENICIO FONTENELLE

 

(advogado, ex-deputado pela Província do Maranhão) 

Manuel Benício Fontenelle, nascido em 25.12.1823, na cidade do Brejo, província do Maranhão, e falecido em 06.07.1895, em São José de Além Paraíba, Estado de Minas Gerais. Filho de Felipe Benício Fontenele e de Ana Alves.

Advogado e poeta. Começou seus estudos no seminário de São Luiz do Maranhão e daí, com a intenção de estudar também Direito, passou para o seminário de Olinda, em Pernambuco. Inconformado a doutrina Católica da infalibilidade do papa, que julgava um exagero,  deixou o seminário, dedicando-se somente à faculdade de Direito, onde recebeu o grau de bacharel em 1849.

Pouco depois de formado esteve no Rio de Janeiro, onde se casou. Foi Deputado à Assembléia Geral pela Província do Maranhão, de 22.05.1867 a 22.07.1868.

 

De
Manoel Benicio Fontenelle
SATANÓPOLIS – POEMA
Rio de Janeiro: Imprensa Industrial, 1878
318 p
Extraído de um exemplar da Biblioteca Nacional,
doação de Aricy Curvello.

Longo poema com 15 cantos. Precedido por uma dedicatória à cidade de São Luis do Maranhão.

 

DEDICATORIA

 
           Rio de Janeiro – Abril de 1878

A ti, berço dos sonhos, o meu sonho.
Mãe de Odorico, de Gonçalves Dias,
Terra onde saudosos olhos ponho,
Minha terra, mãe minha, as harmonias
Acolhe do meo debil alaude
E entre os gloriosos sons delle o som rude.

O´gigante que estás do mar á borda,
Sentinella deitado, alto mysterio,
Pelas horas da noite, a um sopro acorda
Que passa te abalando em roda o imperio,
Sopro do Mal, e d´harpa que ao horror freme
Acolhe o frêmito, o cantar que treme.

Terra brasilia, pátria destes cantos,
Terra brasilia, minha doce patria,
Como o filho que á mãe beija-lhe os prantos
Porque o entranhado maior que faz que idolatre-a,
Eu beijo as tuas lagrimas e canto
De amor e de justiça o hymno santo.

Berço dos sonhos, rede de poesia
Doce embalada, ninho de poetas,
Chão, ar, céo, donde jorra a melodia,
Poetico paiz, regiões dilectas,
Terra do Maranhão, acceita o verso
De orvalhos de saudade e amor asperso.

Terras de santa cruz com o nome e emblema,
Fulgido em vossos céos vosso Cruzeiro,
Vosso santo d´estrellas diadema,
Patria santa, almo império brasileiro,
Acceita, neste poema o palpitar-me,
O coração a te fallar no carme.



CANTO V
(fragmento)


Fiquei olhando e emquanto o echo reboa
Do gêmeo grito a sahir da treva ardente
Onde cahio com o par a gêmea c´roôa;

Os olhos na catastrophe e na mente
Voando o caso que recordo ab ovo,
E o chão lembrando-me onde son vivente:

“ Repelle, ó Novo Mundo, ó mundo novo
Da Liberdade, a mergulhar na Europa
E a vir ser alma em ti de cada povo:

Oh! repelle, que o sangue te galopa,
Repelle a inquinação, ó verde America,
Do gigante o pygmeo vestido em roupa,

Repelle a sombra anan da alma homerica,
Negro d´alma o Soluque e seo imperio.
Nem tua aureola, ó Mãe, seja chimerica.

(...)

 

Página publicada em dezembro de 2010



 

 

 

Voltar a página do Maranhão Voltar ao topo da página

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar