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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA

 

 

PÉRICLES JOSÉ DE MOURA

(1939-1960)

 

Nasceu em Mambaí,  na época em era distrito de Posse. Destacou-se em seus estudos em Goiânia e morreu durante a campanha de Mauro Borges, participando dos comícios.

 

 

         DESENCANTO

 

       Não vês? Tardaste assaz. Agora estamos
Na triste encruzilhada. É assim que vais
Enquanto em vida não me lembres mais,
Talvez que penses o que não pensamos.

        E que, dispersos, pela estrada vamos,
Ainda que à tona dos espinheirais...
Tu, pelo amor que não provo jamais
E eu, pelo bem que em vida não provamos!#

        Mas se primeiro que do pó levantes,
Ébria de beijos como os beijos dantes,
Vires as cinzas da ilusão passada.

        Hás de pensar naquele verso mudo,
Porque o amor que para nós foi tudo
É o próprio “tudo” que voltou ao nada.

 

 

                U.G.E.S.
[União Goiana de Estudantes Secundários*]

 

                Nascida assim de um transbordar de ideias.
Brado robusto que nos diz — Avante! —
Ei-la que surge à luta triunfante
Da mais sagrada e homérica epopeia.

                Berço atrevido do tenaz gigante,
De onde a igualdade do ideal campeia,
Tu viverás, ó Mater que semeia
A força e a glória ao gênio do estudante!

                Tu viverás na luta que agasalha
O rico, o pobre e o homem que trabalha,
Que ninguém há que o teu fadário mude.

                E hás de estampar no pedestal da vida,
Que és a grandeza de uma classe unida
E a redenção de toda a juventude!

 

(*) Foi extinta durante o período da ditadura militar de 1964.

 

A POESIA GOIANA NO SÉCULO XX (Antologia) – Organização, introdução e notas  de Assis Brasil.  Rio de Janeiro: FBN / Imago / IMC, Fundação Biblioteca Nacional, 1998.   324 p. (Coleção Poesia brasileira) ISBN 85-312-0627- 3                  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

A ALVORADA DA TETRA-ALIANÇA

A Sandino, Edgar, João Augustos e Vevadite

Noite e silêncio em tudo. No mais, nada...
Mas eis em pouco uma algazarra inteira.
Meu Deus! — eu disse — é a sombra do "Aroeira"
No comando da malta da alvorada.

"Mas que sabor aquela carne assada!"
Brada, na malta, a sombra do "Pereira"
"Que pinga boa, como "Isidio" cheira!
Grita "Bolero" já de voz cansada...

E agora passa um vulto de mansinho...
Aquele, eu sei, é a sombra do "Trapinho"
Cambaleante, com três frangos grandes.

Mas que saudades desse "Tetra" ao vulto
Que inda em soluço pra mim mesmo exulto...
— Não chore, ó Moura, mas de dor expandes!

(In Colheita/ 1919)

 

*

 

 

 

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Página ampliada e republicada em maio de 2022.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019.


 

 

 
 
 
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