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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA

 

 

 

GASTÃO DE DEUS

 

        GASTÃO DE DEUS Vítor Rodrigues

 

Poeta e prosador, Gastão de Deus, depois de cursar a Escola Normal de Paracatu, Minas, transferiu-se para Goiás, onde concluiu o curso jurídico na Faculdade de Direito do Estado. Advogou por algum tempo em sua terra natal, sendo colaborador do jornal Goiás-Minas, de que foi representante. Redator do vespertino uberabense Lavoura e Comércio e Juiz de Direito em Anápolis. Afirma Veiga Netto (Ant. Goiana, pág. 93) que Gastão de Deus “nunca abandonou a pena, e foi sempre fértil a sua sementeira de poesias e artigos espalhados pelos jornais de Goiás e Minas”. (Catalão, Estado de Goiás, 8 de Março de 1883 — Anápolis, Go, 17 de Abril de 1917.)

BIBLIOGRAFIAAgapantos, poesia (1905); Páginas Goianas, prosa.

Fonte da biografia: http://bibliadocaminho.com/

 

 

GOYAZ

 

Não há terra melhor do que a nossa, É uma plaga encantada e gentil! E essa terra que é minha e que é vossa É Goiaz, coração do Brasil.

Hygino Rodrigues

 

"Coração do Brasil" soberba terra,
Terra augusta dos brincos da Natura!
Quanto néctar o seio teu encerra,
Ninho rico de vida e formosura!

 

Grande veiga brasílica onde
Flora Espargiu plantas mil, de belas comas,
Onde canta, alacrante, a voz canora
De lindíssimas aves policromas!

 

Néscios há que proclamam-te a pobreza.

Desconhecem, talvez a gran riqueza

Que arrancaram-te os teus descobridores...

 

Ver-te um dia primar, como eu quisera!
Eldorado dos sonhos de Anhanguera,
Eia! Avante, Goiaz - campo de flores!...


 

              AGAPANTOS

Enfim, vencido... Na última canseira
Cimo espinhoso de suplícios tantos,
Busquei, ansioso, a estrada de agapantos,
Que me fora visão da vida inteira.

 

Tudo, porém, era neblina e poeira,
Misturadas de preces e acalantos,
Nênias da morte, hinários sacrossantos,

E a noite, a imensa noite derradeira...

 

Nos auges da aflição que me constringe,
Cai, entretanto, a mascara da esfinge...
Oh! sepulcro, onde a sombra em que te cevas,

Refaz-se a luz que em lágrimas transponho,
E vejo, além, as flores do meu sonho,
Como estrelas radiando sobre as trevas...

 

 

 

 

       H I L D A

 

Onde um azul mais formoso !
Que o brando azul da turqueza?

 — Nos olhos de Hilda pôs Deus
Azul sem par na beleza.
 

Há oiro vivo e tão belo
Como esse oiro do sol?

 —Talvez... Olhai de Hilda o oiro
Das tranças, em caracol... -
 

Já vistes a cor mais formosa
Que a rubra cor da granada?

Buscai-a de Hilda na concha
Da breve boca aromada. —
 

Ó! Como é lindo um colar
De alvas pérolas de Ofir!

Mais linda, certo, a enfiada
Dos dentes de Hilda, a fulgir. -

 

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019


 

 

 

 
 
 
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